A crise faz morada no Deportivo Quito, rival do Botafogo na luta para entrar na fase de grupos da Libertadores — o jogo será nesta quarta-feira, às 22h. Por causa dos sete meses de salários atrasados, os jogadores mais importantes deram adeus (no total de 14); o clube já está no terceiro presidente em menos de dois anos, dois foram afastados.
Com passagens pela seleção do Uruguai e pela Juventus (ITA), o goleiro Carini deu adeus diante dos atrasos. Artilheiro do último Campeonato Equatoriano, Federico Nieto, seguiu o mesmo rumo. Devido à renovação do elenco, a classificação será tratada como feito no país.
O presidente também é novo: Eugenio Romero assumiu o clube este ano, após as quedas de Ivan Vasco e Fernando Mantilla, afastados por problemas internos.
Dentro de campo, a crise é a mesma. Na estreia do Campeonato Equatoriano, derrota de 2 a 0 para o inexpressivo Independente José Teran.

A folha salarial do atual elenco do Deportivo Quito está em cerca de R$ 800 mil mensais. Entre os destaques do elenco estão o goleiro Rolando Ramírez, os meias Christian Lara e Edison Vega e os atacantes Jonathan Hansen e Walter “Mamito” Calderón. Hansen é argentino e tem a velocidade como característica. Tem sido escalado com frequência pelo técnico Juan Carlos Garay entre os titulares. Já “Mamito” é um atacante, de 1,91m de altura.
O jovem meia Carlos Feraud, de 23 anos, ex-Liga de Quito, também pode surpreender. De acordo com a imprensa local, o garoto tem bastante potencial e pode até começar no time titular diante o Botafogo.
Apesar de ter alguns bons jogadores, a principal arma do Deportivo Quito contra o Botafogo deve ser mesmo a altitude. Quito está 2.800 metros acima do nível do mar, o que deve complicar o clube carioca.
O Deportivo Quito é considerado o quinto time mais importante do Equador. A última vez que participou da Copa Libertadores da América foi em 2012 e o último título nacional, em 2011. São cinco títulos da Série A Equatoriana no total.