Em grave situação financeira e sem perspectiva de obter recursos para pagar as dívidas, o Botafogo corre o risco de perder o socorro de Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente, e Cláudio Good, ex-vice de finanças, segundo informa o site Globoesporte.com.
Os “cardeais” estão incomodados com a falta de soluções encontrada pela atual diretoria para solucionar os diversos problemas que o clube tem – dois meses de salários atrasados de funcionários e jogadores, contas em atraso, cortes recentes de água e luz e fornecedores até cinco meses sem receber.
De acordo com o site, os anúncios que o Botafogo fez em outros esportes – especialmente no basquete – como contratações para a nova temporada do NBB e o pacote para que sócios acompanhem o time na competição – foram a gota d’água para que essa paciência acabasse.
O Botafogo conseguiu através da Lei de Incentivo ao Esporte captar recursos para bancar o basquete. Enfraquecido politicamente após a saída de Carlos Eduardo Pereira e de Anderson Simões do “Mais Botafogo”, o presidente Nelson Mufarrej tem se escorado no vice geral Luís Fernando Santos, em Alexandre Pinto (vice de esportes gerais) e em Gláucio Cruz (diretor geral de esportes).
– Os cardeais sabem que todo recurso pode ser penhorado. E aí a folha do basquete vira dívida. Estamos gerando ainda mais passivo. Não dá pra gente estar no CTI e achar que dá pra doar sangue – disse ao Globoesporte.com um conselheiro que pediu para não ser identificado.
Tanto Montenegro quanto Good ajudaram o Botafogo a apagar vários incêndios, como pagar contas de água do Estádio Nilton Santos e de luz da sede de General Severiano, além de empréstimos providenciais com garantias diversas e, em alguns casos, até sem garantia. O Botafogo também contraiu outro empréstimo com um empresário de futebol para conseguir quitar a folha de pagamento de abril.