Se o torcedor do Botafogo tinha dúvida do quão importante será sua cota parte na disputa da Libertadores, ela já não existe mais.
A festa organizada no Maracanã por cerca de 50 mil alvinegros na noite desta quarta-feira foi preponderante para que o time engrenasse em campo e construísse os 4 a 0 sobre o Deportivo Quito, do Equador.
Uma atmosfera contagiante.
Quem foi ao estádio, viu e sentiu.
Quem assistiu pela televisão, viu e imaginou.
Quem apenas acompanhou pelo rádio, ouviu e se emocionou.
O time de Eduardo Húngaro não tem grandes estrelas, não está entre os mais fortes da competição e ainda carece de muitos ajustes.
Mas é o Botafogo, mané!
E é ainda mais Botafogo quando a torcida mostra o que é o Botafogo.
A confiança emanada das arquibancadas, ou cadeiras ou tribunas (já não sei como chamar as dependências da arena) incendiou os jogadores.
Wallyson fez três, Lodeiro perdeu um, Ferreyra não fez nada, mas o time mostrou raiz, teve espírito de jogo e venceu como deveria ter vencido.
Deu até olé _ exagerou, um pouquinho, mas deu.
E agora entra na fase de grupos, na chave que tem Independiente del Valle (Equador), Unión Española (Chile) e San Lorenzo (Argentina).
San Lorenzo, aliás, adversário de terça-feira, novamente no Maracanã.
A rigor, talvez seja eles, os argentinos, os que mais assustem.
Mas nada que inviabilize a classificação _ entram dois por grupo!
Há muito que o futebol deixou de ser predominante artístico.
Hoje, é ciência, espírito e estratégia.
A arte, evidentemente, está na essência de dois ou três, no máximo.
Os outros compõem e formam o todo _ é assim na maioria dos times.
Preparadores, fisiologistas, médicos e fisioterapeutas cuidam da ciência.
Os torcedores doutrinam o espírito.
E técnico e jogadores traçam e executam estratégia.
Portanto, se o Botafogo estiver bem alinhado nestes três pilares, o futuro na Libertadores pode ser mais promissor do que imagina seu mais supersticioso torcedor…