De volta a General Severiano como técnico, Léo Figueiró já mostra a cara do novo Botafogo e recebe os méritos pelo início de temporada. Sua equipe volta à quadra nesta terça-feira, às 20h, no Tijuca, para iniciar a série final do Campeonato Carioca contra o Flamengo, com torcida única dos rubro-negros.
Tendo apoio da sua comissão técnica e comprometimento dos atletas, o comandante alvinegro resgatou a confiança da torcida botafoguense com vitórias e boas apresentações nos clássicos. Apostando no jogo aberto, o Glorioso vem mostrando que pode ir longe na temporada 2018/19 e já quebrou um tabu: chegar a uma decisão de estadual depois de 18 anos. Léo avaliou seus primeiros meses no comando, falou sobre as características do time e projetou a decisão que está por vir.
TRABALHO
– Tivemos uma evolução muito satisfatória. O time está criando uma identidade e os atletas estão gostando dessa forma de jogar. Chegar nesta final era uma das metas traçadas para a temporada e ficamos felizes por cumpri-la. Depois da série contra o Vasco, posso afirmar que também ganhamos em nível de maturidade e chegamos mais preparados para este desafio.
FINAL
– Precisamos entender contra quem estamos jogando e como. Temos precauções particulares pra essas finais e não podemos favorecer o potencial ofensivo deles, que é grande. No primeiro jogo, fomos tomados pela estreia, estávamos afoitos e cometemos alguns deslizes por causa da ansiedade. No segundo, o time já foi mais regular, teve algumas recuperações e brigou até o fim pela vitória. Trabalhamos para fazer um jogo pensado, evitando as transições do Flamengo, procurando os melhores caminhos e não apenas indo pra cima. A emoção tem que ser equilibrada e utilizada no momento certo.
AUSÊNCIA
– Os jogadores são únicos. Ninguém vai fazer exatamente o trabalho do Mogi e vice-versa. Nossa missão tem sido adaptar algumas particularidades de cada atleta para dentro da nossa filosofia. Estamos confiantes para administrar essa situação na terça-feira.
TERMÔMETROS
– Por necessidade, Cauê e Coelho jogaram mais. Nossa ideia é que não fiquem tanto assim na quadra, principalmente o Coelho, que marca muito. Estamos atrás de combinações favoráveis para diminuir esse volume sem perder em intensidade e qualidade. São jogadores fundamentais no esquema, estão fazendo grandes partidas, mas acredito que o desempenho deles ainda pode melhorar com uma rotação bem encaixada. Só temos a ganhar!
SPENCER E JAMAAL
– Com paciência, eles estão crescendo de produção. Forçar a entrada de um atleta sem ele estar adaptado é algo desnecessário, que pode acabar minando a confiança e comprometendo uma tempora inteira. Temos que entender isso. A medida que achamos melhor, eles estão ganhando tempo de quadra e ajudando cada vez mais o Botafogo. O Ron foi uma grata surpresa no terceiro jogo contra o Vasco, desenvolveu um papel importantíssimo no último quarto e se tornou essencial no melhor momento do time.
TORCIDA
– Já fez valer nosso mando de quadra duas vezes nos playoffs. Cantaram, lutaram e brigaram com a gente os 40 minutos. É isso que queremos e esperamos que eles façam de novo. Estamos há 18 anos sem jogar uma final, é um momento realmente muito importante pro basquete no Clube e eles serão fundamentais.
O segundo jogo da série acontece na quinta-feira, em General Severiano, às 20h.