A saída de Seedorf e Rafael Marques juntamente com a chegada dos reforços fez com que o Botafogo mudasse sua maneira de atuar. Se nas últimas temporadas o time se destacou por envolver os adversários com a bola no chão, em 2014, o jogo aéreo, buscando o grandalhão Tanque Ferreyra, se tornou a principal arma ofensiva da equipe.
A insistência na jogada começou na partida de volta contra o Deportivo Quito, na primeira fase da Libertadores, quando o Alvinegro precisava reverter a vantagem dos equatorianos. Entretanto, as bolas aéreas só começaram a dar resultado concreto no empate em 1 a 1 com a Unión Española, na quarta-feira.

Foto: Efe
Aos poucos, o atacante argentino está aprimorando a forma física e, em consequência disso, ganhando as disputas com os zagueiros.
Apesar do técnico Eduardo Hungaro não querer que seu time fique refém desta maneira de atuar, semelhante à utilizada na época de Loco Abreu, todos reconhecem que o recurso se tornou uma das características da equipe.
“Ferreyra é uma referência. Na Libertadores, vamos encontrar vários jogos duros e precisamos jogar de acordo com os adversários. Lá (no estádio Santa Laura, no Chile), as condições não eram as ideais, e o campo não permitia muito o toque de bola. Jogamos do jeito que precisava ser jogado”, explicou o lateral Edilson, autor do cruzamento para o gol de El Tanque.
Enquanto aguarda a estreia de Zeballos, para dar mais criatividade ofensiva à equipe, o Botafogo deve seguir explorando o 1,91 metro de Ferreyra.