Conseguir a classificação do Botafogo para a Taça Libertadores do ano que vem não significa apenas o fim da espera de 17 anos para disputar a competição novamente. Na busca por essa vaga está em jogo o futuro de um grupo, formado ao longo dos últimos cinco anos e que faz a melhor campanha do clube no Campeonato Brasileiro desde o título de 1995.
Jogadores em fim de contrato, veteranos desgastados e até o técnico Oswaldo de Oliveira vivem momentos de definição sobre suas carreiras. Inclusive, membros da comissão técnica entram nessa lista de expectativa por uma nova temporada no Botafogo
Quinto colocado, com 57 pontos, o Botafogo está a três do Grêmio, segundo colocado. O Goiás é o terceiro, com 59, seguido do Atlético-PR, com 58. Domingo, no Morumbi, o time enfrenta o São Paulo, provavelmente com muitos reservas, para tentar voltar ao G-4 na reta final do Brasileiro.
– Jogadores e funcionários sonham com a chance de participar da Libertadores. Principalmente, em um ano de Copa do Mundo, que ganha ainda mais importância. Isso vai definir o futuro de muitos, mas não se pode tratar essa responsabilidade como peso, mas como uma oportunidade que muitos que passaram por aqui não conseguiram ter. Nós podemos – afirmou Jefferson.
Do atual time titular, o lateral-direito Edílson e o zagueiro Bolívar são jogadores em fim de contrato e com renovações que dependem dessa classificação para a Libertadores. Veteranos de clube, como Renato, que tem vínculo até junho do ano que vem, estão na berlinda. Até Seedorf entra na mesma situação e pode antecipar sua saída caso o clube não vá para a Libertadores.
Jovens seguem como apostas da diretoria atual. Dória, Gabriel, Octávio, Gegê e Hyuri formam uma base até 21 anos de idade. Apenas Hyuri não tem contrato longo, pois pertence ao Audax, mas terá um percentual de seus direitos comprado pelo Botafogo.
– A diretoria apostou em mim, conversou com meu empresário, para um trabalho a longo prazo. Isso mostra a confiança deles em mim – disse Dória, que tem contrato até dezembro de 2017, renovado em março deste ano.
No comando dos jogadores, Oswaldo de Oliveira vem sendo cobiçado e seu nome já foi citado em clubes como Palmeiras e Atlético-MG, que renovou com Cuca. Interessados de China e Oriente Médio chegaram a procurá-lo. Apesar da aprovação total do grupo, não há garantias para a sua sequência sem a vaga na Libertadores.
– São os jogadores que seguram o treinador, mas com resultados. Por mais simpatia e carianho que a gente tenha pelo Oswaldo, temos que ir para a Libertadores. Assim, a chance de ele ficar é maior. Ele está feliz e quer continuar – comentou Jefferson.