O Botafogo fez valer o fator campo e, ao lado do torcedor, triunfou no Estádio Nilton Santos por 1 a 0 sobre a Chapecoense com com de Marcinho, o primeiro do jovem lateral como profissional. Em entrevista coletiva, Marcinho falou sobre a emoção de balançar as redes e aproveitou a oportunidade para explicar sua comemoração, uma homenagem ao irmão aniversariante, o Marcelo “Trecko”.
– Falei com ele: “Olha o problema que você me arrumou(risos)”. Brinquei com ele, dei os parabéns e hoje vamos até sair para jantar já que ontem ficou apertado. Extravasei no momento e queria comemorar o gol. O Kieza pensou que faria alguma coisa, mas é normal. No jogo você está com o sangue quente, é emoção. Posso até ter ficado com a fisionomia mais ríspida, mas nada disso. Só queria comemorar o meu gol com a minha família que estava lá no camarote – disse Marcinho.
Confira os demais trechos da entrevista coletiva de Marcinho:
CONTE COMIGO, PROFESSOR
– Quando voltei a treinar ele me chamou para conversar e falou sobre isso. Disse ao professor que estou com ele, quero e posso ajudar. Com o tempo nós vamos treinando e adaptando.
O PRIMEIRO GOL E A REPERCUSSÃO ENTRE OS JOGADORES
– A pilha sempre existe. Lançaram uns memes e me mandaram, colocaram no grupo dos jogadores me sacaneando e isso é gostoso. Uma brincadeira dessa forma é sempre legal.
A CANHOTA FUNCIONOU
– Sempre pensei que o gol sairía de esquerda por eu jogar pela direita e achar que se trouxesse por dentro ficaria mais fácil de fazer o gol com a esquerda. É legal, tenho treinado bastante os chutes com a esquerda e isso é fruto de trabalho.
TRABALHO COM COACHING
– Estou até um tempo sem conversar com o meu coaching, o Lulinha Tavares. Tenho um projeto com ele, é amigo dos meus tios e o conheci através deles. Me ajudou bastante nesse processo de transição quanto ainda não tinha passado para a lateral. Ajuda a manter o foco nas coisas certas não só na parte profissional quanto na vida. Poder medir suas ações, o que é bem importante.
SELEÇÃO BRASILEIRA
– Penso sim e tenho trabalhado bastante nisso. Ficamos um bom tempo sem desenvolver laterais-direitos. Temos o Fagner, o Daniel Alves e o Fabiho. O Eder Militão está muito bem também e tenho sim essa projeção de chegar na seleção brasileira. Mas isso com muita calma, vendo meu desenvolvimento dentro dos jogos e isso tudo vai me credenciar para a seleção um dia.
TUDO COM O PAI
– Fico até chateado com o meu pai, ele não me fala nada. Gostaria até de saber, mas acredito que isso até me faz bem, permite que eu fique focado no Botafogo e no meu futebol. Isso é tudo com o meu pai, não fico por dentro de nada.
VOCAÇÃO OFENSIVA
– Virei lateral justamente por ter uma boa parte ofensiva, por ter força para chegar na frente. Espero poder dar continuidade a isso, né. Tive um imprevisto de saúde e acabei perdendo um pouco dessa preparação durante a pausa para a Copa. Tentei correr atrás disso para me preparar da melhor forma possível. O Paquetá me deu uma oportunidade e espero poder continuar ajudando o time.