O Estádio da Luz, que teve que ser fechado nesse domingo em Lisboa, logo antes do pontapé inicial do clássico entre Benfica e Sporting, foi a grande referência para o Engenhão, que sofreu com os mesmos problemas. Em reportagem do LANCE!Net no ano passado, na altura do fechamento da casa do Botafogo, as realidades eram distintas. Mas agora são semelhantes.
O Engenhão teve que ser fechado em março do ano passado exatamente devido a problemas em sua cobertura. Havia a apreensão de que algumas placas e outras partes da estrutura poderiam soltar caso passassem por alguma ventania. Foi interditado e não abriu até agora. A previsão é que seja reaberto até o fim deste ano.
Na época da idealização do Engenhão, os engenheiros responsáveis ficaram algum tempo em Portugal, e o Estádio da Luz foi a principal inspiração. Segundo um engenheiro que fazia a manutenção do teto do estádio carioca, o de Lisboa já havia apresentadoa um problema na parte estrutural tubular do teto, causado pela corrosão natural, semelhante ao do palco brasileiro.
O Benfica chegou a ter um prejuízo para reparar os danos, mas foram rapidamente resolvidos. Neste domingo, não resistiu. Lisboa tem sofrido com a “Tempestade Stephanie”: elevados níveis de agitação marítima, fortes rajadas de vento, que chegar até 130km/h e intensa queda de chuva.
Antes do jogo começar, muita sujeira começou a cair do teto, principalmente lã de vidro, um material isolante do teto. Alguns dirigentes da Liga de Clubes, além dos rivais, reuniram-se e optaram pela rápida evacuação, que durou apenas sete minutos, e adiamento da partida. A decisão mostrou-se acertada, já que depois chegou a cair uma placa metálica de 40 metros quadrados.