Valentim não vê diferenças em Botafogo com Autuori: ‘Estávamos começando um trabalho, falava-se em projeto’

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Por FogãoNET

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Alberto Valentim em Botafogo x Resende | Campeonato Carioca 2020
Vitor Silva/Botafogo

Demitido do Botafogo em fevereiro após goleada para o Fluminense (3 a 0), Alberto Valentim relembrou a última passagem pelo Alvinegro em live com o LANCE nesta terça, 28. Segundo o treinador, a demissão foi difícil assimilar, já que a diretoria apostava no projeto. Valentim ressaltou, inclusive, que o trabalho feito por Paulo Autuori, seu sucessor no Botafogo, não tem grande diferença do seu.

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— Perdemos para o Fluminense e a diretoria definiu pela minha saída. É difícil que a coisa aconteça assim, porque internamente falava-se muito em projeto. Não vi muita diferença do trabalho do Autuori em termos de escalação, resultados no campo também não mudaram. Estávamos começando um trabalho – lembra.

Campeão estadual com o Botafogo em 2018, Valentim pontuou diferenças das duas passagens pelo clube.

— Passagens totalmente diferentes. Na primeira, cheguei no final da Taça Guanabara, o time havia perdido para o Flamengo, Aparecidense. Ali tive tempo para trabalhar. Os jogadores pegaram a minha forma de trabalhar e fomos campeões cariocas. Na segunda passagem, cheguei com o clube em dificuldades, com jogadores com características diferentes. Acabei perdendo o Gilson, Marcinho e infelizmente a gente sofreu até o final do ano para permanecer na Série A. Neste ano, a ideia era trocar algumas peças. Fizemos uma pré-temporada de 5 dias a mais. Tivemos três vitórias consecutivas com o time titular, superamos o Caxias-RS e passamos de fase na Copa do Brasil.

Veja os principais trechos da entrevista com Valentim:

Áudios de Montenegro

— Só voltei para o Botafogo porque fui unanimidade, por parte de funcionários, diretoria. Em relação ao que o Montenegro falou, me esclareci com ele. Ficou tudo tranquilo. É preciso colocar o que o clube vive realmente. Por isso que eu quis citar as escalações do Autuori, resultados. Porque não mudou muito, porque é a realidade em relação ao elenco e a crise financeira.

Título carioca

— Na nossa primeira conversa, fizemos um pacto que todos nós iríamos trabalhar mais. E eu iria ser muito correto com eles. Isso eles poderiam me cobrar. E que lá na frente iríamos encontrar alguns adversários. O Flamengo, por exemplo, tinha sido a última derrota antes da minha chegada. Eu falei: ‘vamos fazer diferente?’ E vencemos por 1 a 0, com gol do Luiz Fernando. Na final, foi espetacular. Tive oportunidade de lançar jogadores, como Marcinho, que depois se destacou muito. O Marcelo Benevenuto, que quando chego, ele começa a jogar. O Igor Rabello, que fez uma temporada espetacular. Deu para ver que o trabalho foi em conjunto, os jogadores abraçaram.

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Saída em 2018

— Impossível não ter saído naquele momento. O Anderson (Barros) sabe disso. Na época expliquei. Não tinha como não aceitar. Acabou sendo muito rápida essa passagem, mas quem me conhece sabe que não aceito algumas coisas. Quem sabe o que aconteceu sabe que minha saída do Pyramids (Grécia), entende que qualquer profissional teria deixado o clube. Nenhum profissional aceitaria aquilo.

Atual momento

— Saí do Botafogo pouco antes da pandemia. Estou em Minas, aproveitando a família. Tem 30 anos que não consigo passar um período grande aproveitando. Estou aproveitando para rever jogos europeus, jogos meus. Sigo estudando, sempre fiz.

Propostas

— Houve conversa com um time da Série B, mas acabou que decidi ficar um pouco mais em casa, até porque está tudo parado. Venho numa batida forte trabalhando. Ano passado foi muito puxado, 2018 também. Vou esperar a normalidade para depois pegar algo bacana, organizado, para seguir meu trabalho.

Fonte: Fogo na Rede e Lance!

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