Victor Luis conquistou o carinho da torcida do Botafogo pela dedicação em campo e pela raça demonstrada em todas as jogadas. Com o apelido de “cachorro”, ele ouvia latidos dos botafoguenses a cada desarme ou bola dividida na passagem anterior, em 2016 e 2017.
De volta ao clube, o lateral revelou ao site “GE” o uso de uma camisa especial, tipo segunda pele.
– Eu ouvia demais (os latidos), principalmente na Libertadores. Até mandei fazer uma camisa, acho que trouxe comigo de novo. É uma camisa com um cachorro e um escudo do Botafogo. Jogava sempre por baixo quando a gente estava na Libertadores. Sempre que roubava uma bola ou dividia, eu ouvia a torcida. Isso inflamava o time. O Jair Ventura (técnico) até brigava: “Cuidado para vocês não inflamarem demais e acabarem sendo expulsos” – lembra Victor Luis.
O lateral-esquerdo recordou a expulsão injusta contra o Nacional (URU) no segundo jogo das oitavas de final da Libertadores de 2017, quando foi agredido e acabou levando cartão vermelho.
– Sabe aquela pessoa quietinha que quando sai da casinha é um perigo? Sou assim. Extremamente tranquilo até em casa, no trabalho, gosto mais de ouvir do que falar. Mas naquela situação eu cheguei a amassar porta de vestiário, de armário, saí chutando tudo. Foi a situação mais roubada que eu já vivi no futebol. Mas sou um cara tranquilo. Dentro de campo, para defender essa camisa e o meu sustento, eu me transformo – explicou.