Wallyson sonha com artilharia, fazer história e Maracanã cheio de novo terça

0 comentários

Por FogãoNET

Compartilhe

O menino de infância pobre da comunidade de Mangabeira, em Macaíba, cidade da região metropolitana de Natal, teve uma noite de príncipe, quarta-feira, no Maracanã. Agora, com todos os alvinegros como seus súditos, Wallyson só pensa em deixar seu nome gravado para sempre no Botafogo.

“Foi uma noite especial, então vou trabalhar para continuar assim. Sempre imaginava jogar no Maracanã e fazer história. Vou trabalhar forte para dar alegrias à torcida e fazer história no Botafogo. Espero ver o Maracanã da mesma forma na próxima semana”, disse o herói da classificação para a fase de grupo da Libertadores.

A emoção de Wallyson talvez só possa ser comparada a de Francisco Menguita da Costa, mais conhecido como Gaita. O botafoguense foi quem descobriu o talento do atacante e o levou, aos 14 anos, para o Cruzeiro de Macaíba, clube do qual é presidente. Contra o Deportivo Quito, veio a grande recompensa.

Com bela atuação de Wallyson, Botafogo goleou o Deportivo Quito no Maracanã

Foto:  Márcio Mercante / Agência O Dia

“A cada gol que ele marcava, me sentia na arquibancada do Maracanã. Ele tem uma estrela gigante. No primeiro jogo que ele fez aqui, mesmo jogando na categoria acima, a Sub-17, marcou três gols contra o Estrela Vermelha”, contou o potiguar.

Desde 2008 atuando longe do Rio Grande do Norte, Wallyson não esquece suas raízes. Todo ano ele promove uma partida beneficente em sua cidade natal e dá um abraço em Gaita, que ainda acredita na presença do artilheiro na Copa do Mundo deste ano.

“Ainda tenho um sonho que é vê-lo com a Amarelinha. Claro que dá tempo para ele jogar essa Copa no Brasil. Os atacantes não estão fazendo gols como ele. Wallyson é um atacante que tem muita velocidade. Eu acredito”, decretou Francisco.

LONGE DOS HOLOFOTES

O dia seguinte ao show foi de ‘mero moral’ para Wallyson. O atacante aproveitou a folga de ontem para o time titular para procurar um apartamento no Rio. Há duas semanas apenas na cidade, ele tem ficado num hotel na Barra da Tijuca.

ARTILHEIRO E DECISIVO

O currículo mostra que Wallyson sempre foi um jogador decisivo quando não sofreu com lesões. Em 2007, com 19 anos, surpreendeu ao fazer quatro gols pelo ABC na final do Campeonato Potiguar, na vitória sobre o rival América, por 5 a 2. Além de campeão, levou o troféu de artilheiro com 10 gols. O matador foi fundamental ao marcar 16 vezes na Série C de 2008 e conduzir o ABC à Segundona.

Após passagem apagada pelo Atlético-PR, prejudicada por uma pubalgia, Wallyson voltou a brilhar em 2011, no Cruzeiro. Na sua primeira Copa Libertadores, marcou sete gols e foi o artilheiro da competição. A alegria, entretanto, durou pouco e uma fratura no tornozelo acabou fazendo perder espaço e deixar Minas.

Em 2012, acertou com o São Paulo, mas não teve chances. No ano passado, pelo Bahia, marcou gols e ajudou na fuga da degola.

COM A BENÇÃO DO PAPA, BOTAFOGO ENCARA O SAN LORENZO

Primeiro rival na fase de grupos, terça-feira, no Maracanã, o San Lorenzo tem mais em comum com o Botafogo do que se supõe. A exemplo do Glorioso, o time argentino é um dos grandes do país e nunca conquistou a Libertadores. Atual campeão local, o orgulho do El Ciclón, porém, é ter o Papa Francisco como seu torcedor. Fé e futebol para mudar a história.

Apaixonado, o pontífice é sócio do San Lorenzo e engajado com as causas do clube. Na semana passada, por exemplo, o papa afirmou que quer participar de ‘vaquinha’ para ajudar a reformar o antigo estádio do San Lorenzo. E a devoção dos torcedores para com o pontífice é recíproca: muitos atribuem o título nacional à chegada de Bergoglio ao cargo máximo da Igreja Católica.

Se os argentinos têm a bênção de Francisco, o Bota conta com os gols de Wallyson. A fé no atacante também tem dado resultado.

Notícias relacionadas