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Blog compara projetos de Botafogo e Vasco e desataca Freeland: ‘Ajustou o elenco com critérios bem delineados’

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Por FogãoNET

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Blog compara projetos de Botafogo e Vasco e desataca Freeland: ‘Ajustou o elenco com critérios bem delineados’
Vitor Silva/Botafogo

Há um olhar direcionado ao drama do Vasco no clássico desta tarde que, de certa forma, encobre o bom trabalho realizado no Botafogo.

Talvez, porque seja mesmo mais impactante falar de um gigante que sofre com a dor de uma possível permanência na Série B.

Mas não deveria ser assim.

Os pontos em disputa no duelo de São Januário também podem coroar a campanha de um glorioso.

E é bom que o ‘lanterna’ da Série A de 2020, com cinco vitórias em 38 rodadas, chegue à reta final podendo regressar com a faixa de campeão cruzada no peito.

Porque o silencioso trabalho de gestão que a diretoria alvinegra vem fazendo para adequar as finanças do clube à sua realidade merece ser valorizado.

A campanha do Botafogo nesta Série B joga por terra a narrativa de que é preciso dinheiro para se ter uma equipe competitiva.

Não, não é.

É claro que quanto maior o orçamento, mais claras as chances de conquistas.

Mas a falta de recursos não impede o alcance de metas compatíveis.

O processo de construção de um time eficiente está mais relacionado à competência na montagem da estratégia do que aos altos investimentos.

E os alvinegros foram competentes neste particular – ao contrário dos vascaínos que se enrolaram entre expectativa e realidade.

Vejam vocês que o Botafogo tem uma dívida cerca de 30% mais onerosa do que a do seu rival.

E, em tese, tem também menor poder de obtenção de novas receitas, principalmente se aferido pelo tamanho das torcidas e audiência nas redes sociais.

Mas um conseguiu se refazer após campanha vexatória na Série A; o outro, rebaixado no saldo de gols, estragou o que já não era bom.

Essa é a diferença que faz dos alvinegros um candidato ao título e condena os vascaínos ao fracasso.

A chegada de Eduardo Freeland ao comando do futebol profissional permitiu rápida identificação dos pontos que minaram o Botafogo em 2020.

O ex-gerente da base do clube ajustou o elenco com critérios bem delineados, de acordo com a necessidade dos treinadores.

Primeiro com Marcelo Chamusca, depois com Enderson Moreira.

E mesmo sem um elenco recheado de estrelas formou um grupo equilibrado o suficiente para competir conforme as exigências de uma segunda divisão.

Freeland trabalhou na volta do zagueiro Carli, investiu no pouco conhecido Chay para ser a referência na criação e apostou em Navarro, o goleador da base.

Ou seja: transformou o todo, dando sobriedade à defesa, qualidade às jogadas de ataque, e eficiência às finalizações.

Kanu, Barreto, Marco Antônio, Diego Gonçalves e Warley foram ganhando protagonismo em suas funções e o conjunto adquiriu personalidade e confiança.

Exatamente o que faltou ao Vasco durante a temporada, erro estratégico de Alexandre Pássaro, que errou feio na montagem e gestão do elenco.

A começar pela falta de uma boa referência na armação do time – deficiência só corrigida com a chegada de Nenê, em setembro.

Sem essa peça, o time não teve harmonia entre o campo e o treinador, e sem ela não conseguiu dar personalidade e confiança a seu entorno.

Faltou na diretoria vascaina um mínimo de conhecimento de futebol…

Fonte: Blog do Gilmar Ferreira - Extra Online

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