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Botafogo vai do discurso às ações concretas contra atos da torcida

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Por FogãoNET

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Botafogo vai do discurso às ações concretas contra atos da torcida
Vitor Silva/Botafogo

Dois acontecimentos na partida do Botafogo contra o Brusque, na última quarta-feira, chamaram tanta atenção quanto a vitória por 3 a 0. Ao longo do jogo, a auxiliar de arbitragem Katiuscia Mendonça foi vítima de uma série de ofensas machistas pela torcida; paralelo a isso, um torcedor de uma organizada urinou em um copo e o arremessou em direção aos torcedores.

A resposta do clube depois dos atos foi praticamente instantânea e revela uma mudança na postura institucional do Botafogo. Em relação à assistente, o presidente do alvinegro, Durcesio Mello, entregou uma carta de desculpas à bandeirinha após o apito final.

Assim que o clube tomou conhecimento do vídeo do torcedor nas redes sociais, acionou o Departamento Jurídico. A atitude do Botafogo é vista com bons olhos do ponto de vista do marketing por “assumir” e “reagir” aos atos da torcida:

— É um fato que as torcidas fazem parte da instituição. Eles poderiam falar que não respondem por isso, mas é o contrário, optam por levar a marca no peito. Seria muito mais fácil ignorar. O clube está se posicionando. Poderia esperar e deixar o assunto morrer em 24 horas, mas está levantando a bola — analisa Renê Salviano, especialista em marketing esportivo.

O clube também tem atuado em outras causas, como uma campanha de combate ao assédio. A partir de 2022, o Botafogo anunciou que irá fornecer um espaço exclusivo do Estádio Nilton Santos às torcedoras. A ideia, no entanto, não tem 100% de apoio feminino.

— É bom saber que o clube se preocupa com o assédio. Mas não acho que seja a melhor solução. Se por acaso eu fosse ao setor que é da torcida geral e lá sofresse um assédio, acho que isso abriria uma margem muito grande para me culparem por ter sofrido esse abuso — diz a alvinegra Letícia Sansão, de 25 anos e frequentadora de jogos há 15.

Movimento

O Botafogo afirma que do movimento Empoderadas, da Secretaria de Direitos Humanos do Estado, a ideia de uma área destinada às mulheres. A sugestão, no entanto, será debatido ainda com torcedoras, lideranças de movimentos em um workshop.

– O Botafogo tem consciência do seu dever social, do impacto de suas ações, e tem sido firme quando se trata de assédio. No último jogo, houve um desrespeito inaceitável de parte da torcida à auxiliar de arbitragem, mas seguido de uma rápida resposta do nosso presidente com um formal pedido de desculpas – afirma o gerente de negócios do clube, Lenin Franco.

Além disso, está nos planos do dirigente a implantação de um “botão de pânico” no aplicativo do clube. Por meio dele, será possível sinalizar a localização para um pelotão se deslocar até o ponto.

Fonte: O Globo Online

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