Sandro Meira Ricci, comentarista de arbitragem do SporTV, explicou o pênalti marcado contra o Botafogo a favor do Avaí que resultou no gol de Bissoli, na vitória alvinegra de virada por 2 a 1 nesta quinta-feira (6/10) na Ressacada. O lance foi marcado após o árbitro Paulo Cesar Zanovelli ser chamado pelo VAR, que atentou para um toque no braço de Júnior Santos que ninguém em campo se deu conta.
– É um lance que cabe discussão. Na transmissão eu sabia que seria dado o pênalti pelas orientações que o árbitro recebe. Muita gente questiona se essa mão do Júnior Santos é braço de apoio. A partir do momento que o antebraço está aberto, é considerado um braço de arrasto. Isso quer dizer que o Júnior Santos, ao se jogar na tentativa de bloquear a bola, assume todos os riscos da bola bater no braço dele – explicou Ricci, no “Troca de Passes”.
– A única situação em que a regra prevê que não vai ser pênalti nesse caso é quando o braço está colado ao corpo, ou quando o jogador está com o braço de apoio, em riste, completamente – continuou.
Sandro Meira Ricci disse que a regra deveria ser discutida, já que no lance desta quinta o toque no braço de Júnior Santos sequer alterou a trajetória da bola.
– É a orientação, apesar de eu não concordar. Teria que ter um adendo na minha visão, de que é preciso ter impacto tático. Nem o jogador do Avaí pede pênalti, ninguém reclama. E não é só questão de reclamação, é ver o que esse mínimo contato com a mão impactou na jogada. Acho muito ruim essa marcação, isso é considerado pênalti, mas é algo que precisa ser estudado, porque o impacto dessa ação é zero. Muitas vezes as orientações são convenientes – observou Ricci.
Comentarista do SporTV, Paulo Vinícius Coelho também criticou a nova regra da mão.
– A regra deixava dúvida, mas a regra era de um jogo de cavalheiros. É assim que nasceu o jogo. O jogo é soberano, olha o jogo: o jogo segue, o cruzamento segue do mesmo jeito, ninguém levanta o braço – lembrou PVC.