O fim da temporada de 2020 foi marcado, entre outros aspectos, pela descoberta de contratos com cláusulas que prejudicaram o Botafogo, como renovação automática, meta de jogos atingidos e possibilidade de rescisão unilateral apenas por parte do jogador. O clube mudou o formato e inclui nos novos acordos a performance como critério. A informação é do site “GE”.
São exemplos que geraram polêmica: renovações automáticas de Cícero apenas por o Botafogo se manter na Série A; bônus de quase R$ 10 milhões a Pedro Raul se atuasse em 60% dos jogos; renovações com aumento salarial para Luiz Otávio, Helerson e Diego Cavalieri, entre outros; aumentos para Fernando; meta de extensão de vínculo de Joel Carli por participar de 60% dos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil; contrato de Kalou que possibilitava apenas ao atacante a rescisão unilateral sem custos; pagamento de US$ 250 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) ao Cusco por Alexander Lecaros por não se atentar ao mecanismo de solidariedade.
No novo formato, o Botafogo não quer mais premiar jogadores por números de partidas ou minutos em campo, mas por desempenho técnico. Com o departamento de futebol comandado pelo diretor de futebol Eduardo Freeland, o clube criou um método de avaliação interna, no qual o atleta precisa ter bons índices para receber bonificação. A titularidade também é um critério.
Em alguns contratos, há a renovação automática em caso de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.