O Botafogo começou 2023 de forma conturbada, com resultados ruins, eliminação no Campeonato Carioca e indefinições fora de campo. Para o comentarista Alexandre Lozetti, do “SporTV”, o ambiente externo está impactando nas quatro linhas.
– Teve a saída do Jeffinho sem reposição, Júnior Santos foi para o Fortaleza. E está passando sensação do que se pretende fazer, de negócio. O clube está sujeito a saídas de jogadores, mas isso precisa ser feito de forma muito mais honesta e transparente do que pareceu. A instabilidade vai além do campo, reflete-se no campo. Principalmente quando se tem expectativa de organização e volta-se a falar em atrasos, não de salários, mas de outros aspectos – ponderou Lozetti, que prosseguiu.
– Trazendo isso para o campo, o time não está jogando bem, não consegue controlar os jogos. Continuo com a sensação do ano passado, que foi atenuada no segundo turno, de time que tem qualidade, mas não tem liga. Não consegue reunir características essenciais para um time jogar bem com frequência. Sempre está faltando alguma coisa, não se estabeleceram associações entre os jogadores, cada um joga um tipo de futebol. Ainda não está fino – disse.
O comentarista defendeu o técnico Luís Castro, que vem sendo contestado.
– Sempre o futebol brasileiro peca quando primeiro toma a decisão de mexer antes de avaliar o mercado. Qual tem sido a tendência? Ou a dificuldade? Encontrar o nome. Tem que buscar fora. A definição pelo Luís Castro era para alguém que, além de treinar o time, fosse encontrar um norte para o projeto, ter CT, onde investir, trabalhar melhor a base. Ele é uma figura importante para o projeto, que parece fragilizado, em várias questões – afirmou Lozetti, que ainda respondeu comentário do apresentador Felipe Diniz sobre um possível “desencanto” de John Textor.
– O Botafogo não pode ficar na mão de um desencanto de um milionário. Assumiu um compromisso que vai muito além do que gosta, não gosta, se encanta ou não. Não é um brinquedo – frisou.