Consistente nos dois últimos meses, o Botafogo é líder do Campeonato Brasileiro e de seu grupo na Copa Sul-Americana, mas sofreu um baque ao ser eliminado nos pênaltis pelo Athletico-PR na Copa do Brasil. Para o comentarista Francisco Aiello, o time precisa buscar novas formas de atuar.
– Continuo achando que o técnico Luís Castro poderia ou deveria incrementar um pouco mais a forma de jogar, pensar em alternativas. Antes que digam que não estou valorizando o jeito atual, valorizo demais. Talvez seja o que faz com mais qualidade o jogo reativo. Está faltando um plano B, porque sabemos que no mundo globalizado, em que todo mundo vê tudo, os adversários estudam. O Botafogo quando tem um adversário que baixa as linhas, como o Athletico-PR fez depois do primeiro gol que tomou, tem mais dificuldade. Castro quando mexe no time troca seis por meia dúzia, tira um atacante de velocidade e coloca outro, tira um jogador de construção e coloca outro. Enalteço a eficiência nesse estilo, mas quando o adversário se fecha o Botafogo tem mais dificuldade – avaliou Aiello, no programa “Redação SporTV”.
O comentarista Ricardo Gonzalez ampliou o tema.
– Essa discussão de que joga melhor quando o adversário te ataca não é só com o Botafogo. Muita gente no futebol brasileiro joga melhor no espaço. O plano A do Botafogo é muito bom. Talvez só o Palmeiras, o Atlético-MG e o Flamengo, que deveria mas não faz, pode ter mais qualidade na construção. Achei curioso porque esse duelo tinha que ser decidido nos pênaltis, os dois times jogam de forma vertical, de imposição física. Se impor fisicamente é muito difícil ao Botafogo. Talvez essa liderança no Campeonato Brasileiro faça esquecer um pouco que o time, além de estar se aprontando, tem problemas. Não tem o melhor elenco. O fato de ser o melhor na tabela não significa que tem o melhor elenco. Vejo fazendo muito mais do que se esperava – frisou Ricardo Gonzalez.