Comentaristas acham justa suspensão preventiva a Tiquinho Soares, do Botafogo, mas fazem ressalva: ‘Deveria haver o mesmo critério para todos os casos’

75 comentários

Por FogãoNET

Compartilhe

Comentaristas do SporTV no pré-jogo de Sergipe x Botafogo | Copa do Brasil 2023
Reprodução/SporTV

A decisão da presidente do TJD-RJ, Renata Mansur, de aceitar o pedido de suspensão preventiva e punir Tiquinho Soares, do Botafogo, com 30 dias de gancho, foi tema de debate no “Seleção SporTV” desta quinta-feira (2/3). Por conta da suspensão, o atacante está fora do jogo contra o Sergipe nesta quinta, pela Copa do Brasil, mas o Glorioso ainda tenta uma liminar no STJD para liberá-lo.

A opinião dos debatedores da mesa foi unânime de que a punição foi considerada justa. Tiquinho Soares será julgado na próxima segunda-feira pelo TJD-RJ e pode pegar até 180 dias de gancho, por conta da “cabeçada” no árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano no clássico contra o Flamengo, sábado passado, em Brasília, pelo Carioca.

O rigor da punição está à altura da atitude dele. A atitude dele é absolutamente inadequada. Se ela (Renata Mansur) encontrou meios legais para uma punição nesse nível, por enquanto está até barato. É provável que ele tenha uma punição até mais grave na sequência. A gente duvidava dessa punição grave porque sabemos o que é o futebol do Rio e o que normalmente sai dos tribunais do Rio. Se o torcedor do Botafogo está surpreso, até entendo. Compreendo a decisão dela, só fico surpreso porque não é comum vermos punições assim no Rio. Geralmente se passa pano, joga para frente, cobra duas mariolas lá no fim e tudo bem – opinou Carlos Eduardo Lino.

É uma punição totalmente prevista na legislação, por isso o torcedor do Botafogo está estranhando. Eu olho a imagem e não consigo ver nenhum absurdo na decisão. A suspensão preventiva não é comum, mas é totalmente prevista na legislação – observou o apresentador André Rizek.

A comentarista Renata Mendonça fez uma ressalva, sobre a necessidade de padronizar punições para casos do mesmo tipo. Ela lembrou o caso do meia Jean Carlos, então no Náutico, no ano passado, quando ele partiu para cima da árbitra Deborah Cecília em jogo no Campeonato Pernambucano. O jogador pegou “apenas” seis jogos de suspensão em âmbito estadual.

Ano passado teve um caso muito mais grave, de um jogador agredindo uma árbitra, e a punição foi muito mais branda. Houve uma grande reclamação sobre isso. Eu acho bizarra a forma como os jogadores agem com a arbitragem, ultrapassa todos os limites. Quando o jogador faz uma agressão, é importante ter uma punição severa, dá um recado de que não está tudo liberado. Deveria haver o mesmo critério para todos os casos – afirmou Renata.

O Código de Justiça Desportiva deveria ser mais simples, os julgamentos deveriam ser padronizados e mais rápidos para que não se abra esse tipo de dúvida, sobre por que com o time A é tão rápido, com o time B demora, que o C não tem pena preventiva, etc… A sensação que os órgãos de justiça desportiva passam nos últimos anos é de julgamentos por conveniência e aí permite que as pessoas tenham essa indignação. O torcedor não está indignado porque o Tiquinho não fez nada, mas porque foi só com o Botafogo, foi só desta vez, etc… Toda quarta e domingo tem jogador dando mau exemplo dentro de campo, não só com cabeçada – acrescentou o comentarista Alexandre Lozetti.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

Notícias relacionadas