Vasco e Botafogo, ausentes, respectivamente, há quatro e cinco anos das finais do Estadual, têm sete dias úteis para reforçar seus elencos visando as 13 primeiras rodadas do Brasileiro. A janela que permite a inscrição de novos jogadores se fecha na terça-feira da próxima semana (dia 4). Depois, só reabre em 3 de julho. Por acaso, dois dias após o confronto entre os times das duas SAFs cariocas.
Em resumo: a três semanas da rodada se abertura da Série A, em 16 de abril, os dois se mostram atarantados na busca de reforços. Correm contra o tempo para oferecer a seus treinadores jogadores que possam dar robustez aos times. Mas encontram dificuldades, cada qual por suas razões, gerando certa expectativa quanto ao sucesso de seus projetos de clube-empresa.
A largada de ambos é das mais desafiadoras. Tanto para os técnicos, que serão cobrados pelos resultados, quanto para os executivos, que terão de sustentar convicções. Vasco, nas seis primeiras rodadas, enfrentará Atlético-MG, Palmeiras, Bahia, Fluminense, Coritiba e Santos. Botafogo jogará contra São Paulo, Bahia, Flamengo, Atlético-MG, Corinthians e Goiás. E pouco importa se serão dentro ou fora de casa.
Serão seis jogos difíceis nos 30 primeiros dias de disputa, e quem não fizer média superior a um ponto por jogo, inevitavelmente, vai estar na zona de rebaixamento. E isso gera apreensão. A decisão da CBF de mexer na janela de inscrições de novos jogadores, abrindo-a e fechando-a um pouco mais cedo, tem dificultado a chegada dos que encerram contrato com os clubes europeus no fim de maio.
Antes, com o prazo da chamada janela de verão no Brasil fechando no início da segunda quinzena de abril, os clubes conseguiam acordo com mais facilidade. “Os europeus não se importavam tanto em liberar um ou outro jogador a um mês do fim do contrato”, me confidenciou um dos encarregados por avalizar os nomes observados por um dos clubes: “Mais do que isso já passa a ser uma outra negociação”.
Por isso, Vasco e Botafogo deverão mesmo abrir a Série A com o elenco ainda incompleto. Chegará uma ou outra peça, mas os nomes que poderão qualificar os times estão sendo trabalhados visando a janela de inverno a ser aberta em julho. Até lá, caberá a Maurício Barbieri e Luís Castro fortalecer estratégias e apelar para o improvável. Vejamos.