O Botafogo já teve quatro treinadores neste Campeonato Brasileiro, o qual lidera desde a terceira rodada. O elenco tem mostrado sua qualidade dentro de campo para superar as adversidades e seguir firme. Em entrevista no programa “Bola da Vez”, da ESPN, Eduardo falou sobre as mudanças e valorizou o grupo, o qual classificou como “o melhor com o qual já trabalhou”.
O meia inicialmente elogiou Lucio Flavio, atual treinador.
– Em relação ao Lucio, acredito que tem muita qualidade para estar treinando o Botafogo. Por mais que falem que não tem experiência, é experiente sim, já está há um tempo como treinador, teve seu momento como jogador, é importante para nós. Quem já jogou sabe o que o jogador está sentindo. Estamos fechados com Lucio e Joel Carli para conseguir fazer essa história com o Botafogo depois de 28 anos – afirmou Eduardo.
O jogador foi perguntado se a história seria diferente se Cláudio Caçapa tivesse sido mantido como técnico.
– Não tem como prever isso. Não sabemos o que o futuro reserva. Às vezes poderíamos ter tido mais derrotas, ou não. É difícil falar. Caçapa esteve aqui os quatro jogos, temos respeito muito grande, nos ajudou em momento difícil da saída do Luís Castro, tem participação muito grande. Mas é difícil saber se passaríamos ou não pelos momentos de dificuldades, que foram importantes. É para valorizar mais nossas vitórias, colocar os pés no chão e trabalhar com muita humildade. Foi o mais importante desse momento – disse.
Outra questão foi se foi mais complicada a saída de Luís Castro ou a instabilidade com Bruno Lage.
– A série ruim de resultados foi pior. Quando saiu Luís Castro, com Caçapa conseguimos vitórias, passou mais rápido. Agora com derrotas e empates estávamos bem chateados, porque queremos estar sempre vencendo. São oscilações normais em campeonato muito longo, o mais difícil do mundo, por ter tantas equipes grandes. Todo fim de semana é pedreira. Oscilação é normal, não teve um clube que manteve o campeonato todo. Entendemos essa fase também, graças a Deus que passou – explicou Eduardo, que contou também as diferenças da equipe com Lage.
– Acabei ficando um pouco mais posicional. A grande diferença do nosso time era isso, movimentação, eu, Tchê Tchê, Marlon Freitas. Tchê Tchê vinha, eu ia para o lugar dele. Muitas coisas acabaram mudando, pelo estilo de jogo do Bruno Lage. Não criticando o estilo dele, porque veio para cá para acertar, para dar o melhor dele. As coisas, óbvio, não correram bem, teve a mudança, mas ninguém está crucificando o cara. Veio querendo impor o estilo dele e ser campeão. Infelizmente não conseguiu. Mas tentamos de todas as maneiras acertar. Futebol é assim, não conseguimos jogar da forma que ele queria. Aconteceu o que aconteceu. Mas ele entregou tudo aqui, é uma ótima opção, não veio aqui para errar, para ter derrotas. Mas temos que entender que cada treinador é diferente. Ele é um cara super acessível, gente boa, se adaptou bem ao clube e aos jogadores. Foram os resultados e a equipe não desempenhar o que ele esperava que determinaram – adicionou.
Sem Bruno Lage, o Botafogo colocou Lucio Flavio como técnico e venceu dois jogos seguidos.
– As derrotas também vão tirando um pouco da alegria. Não vou dizer que foi a alegria que voltou, mas as vitórias voltaram e a alegria vem junto. O grupo está muito fechado, para mim é o melhor que trabalhei até hoje, são pessoas dando a vida para fazer história no clube e mudar esse sofrimento da torcida de muitos anos sem título de expressão. Tenho certeza que vai dar certo, falta um mês e pouco para nos fecharmos ainda mais e irmos atrás desse título – completou.