Ex-técnico do Botafogo, Luís Castro ficou por mais de um ano no clube, saiu na liderança do Campeonato Brasileiro-2023 em julho para o Al-Nassr (SAU), mas tinha suas peculiaridades. Em entrevista ao canal “Resenha com TF”, o treinador de futebol Jorginho contou que o português não permitia que Lucio Flavio, técnico do sub-23 e auxiliar permanente do Glorioso, acompanhasse os treinos.
– No Botafogo tem ex-jogadores como Joel Carli, Marcelo Augusto e Lucio Flavio, são os três que estão ali entre base e profissional. Com Luís Castro, Lucio Flavio era proibido de ver o treinamento. Sinceramente, com todo respeito ao Luís Castro, fez um grande trabalho, saiu daqui por uma situação financeira melhor naturalmente, mas deixar um cara desse nível e a pessoa que é… Lucio Flavio é sensacional. Agora está tendo a oportunidade de estar ali, logo que Cláudio Caçapa chegou esteve ali, agora está com o treinador (Bruno Lage) também. É importante – declarou Jorginho, que já comandou clubes como Vasco, Flamengo, Coritiba e Atlético-GO.
O ex-lateral-direito destacou a importância deste tipo de profissional em clubes.
– Sou treinador, já fui muito traído por auxiliar técnico fixo, mas já fui muito ajudado. Precisamos entender que somos passageiros, treinador é passageiro. E o auxiliar do clube vai ficar lá para sempre. No Vasco, falei para o Valdir Bigode “permaneça como auxiliar técnico, quando você for treinador vai ser julgado, quando perder três jogos vai ser mandado embora”. Muitos auxiliares permanecem e respeitam o treinador. Foi o que aconteceu comigo no Vasco, Emilio (Faro) é um cara sensacional. Foi um cara que tive o privilégio de trabalhar. É a mesma situação do Lucio Flavio, conhece bem os jogadores, do sub-23, do sub-20, Bruno fez bem em abraçar o Lucio e o que estão ali, como Carli, que era grande capitão e grande líder. É importante ter na base ex-jogadores, mas já preparados, como estes. Muitos não se prepararam para atuar como treinador ou preparador físico – completou.