O Botafogo tem sofrido com lesões e, quando o técnico Luís Castro iria repetir pela primeira vez a escalação, teve que ser novamente obrigado a mudar. Eduardo apresentou febre e mal-estar antes do jogo e foi cortado do duelo contra o Corinthians neste sábado (30/7), enquanto Marçal saiu logo aos 12 minutos do primeiro tempo com dores na coxa.
Na entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0 na Neo Química Arena, Luís Castro admitiu que nunca passou por tantos problemas para montar o time ao longo da carreira.
– Sou um treinador muito positivo, sempre tenho o pensamento de que vamos conseguir os objetivos, mas esse ano tem sido demasiado. Nunca tive na minha carreira tantas contrariedades como encontrei no Botafogo. Continuo sendo positivo, mas a dimensão psicológica não existe só para o lado dos jogadores, existe também para os treinadores, para quem assiste, etc. Há momentos que temos que lutar contra mim mesmo, porque aconteceu com o Eduardo assim a poucos minutos, me faz lembrar os tempos de Covid-19. Queríamos continuar com a mesma dinâmica – lamentou Castro.
– O futebol está cheio de problemas diários em termos de saúde dos jogadores, cada vez os jogos são mais agressivos, é mais feito de duelos, cada vez os treinos são mais intensos na preparação para essas batalhas que vamos encontrar e é natural que muitas vezes joguemos no risco, no limite. Por um lado, se poupamos com medo de que algo aconteça, os jogadores não ficam no seu melhor momento. Nesse caso do Eduardo, não foi um problema muscular, assim como o Hugo que teve problemas gástricos – continuou.
Luís Castro espera ter mais paz para montar o Botafogo na sequência do Campeonato Brasileiro.
– Acho que fizemos um jogo aceitável e positivo, foi um jogo muito disputado e competitivo. Quisemos muito ganhar o jogo, somar pontos, e isso manifestou-se ao longo do jogo das mais variadas formas. Não temos tido estabilidade ao longo da equipe, fomos sempre uma equipe em sobressalto, porque sai e entra, sai e entra. Vamos esperar que o segundo turno nos dê mais paz a nível do que são as nossas opções. Não é por acaso que as equipes têm elencos com 30 jogadores quase ao mesmo nível, porque isso acontece muito. É isso que queremos fazer, colocar muitos jogadores ao mesmo nível para servirem à equipe sempre que necessitarmos – disse.