Contratado pelo Botafogo no início da temporada, Marcinho acabou não rendendo o esperado e foi emprestado ao Vitória no decorrer da Série B. O meia-atacante, que chegou com aval do técnico Marcelo Chamusca, fez apenas 16 jogos com a camisa alvinegra, tem contrato longo, mas pode não permanecer. O jogador, no entanto, pediu mais uma chance.
– Eu gostaria muito que o Enderson contasse comigo no retorno, porque eu tenho vontade de demonstrar. Acho que tenho meu valor e tinha condições de demonstrar alguma coisa porque o Botafogo é um clube gigante. Mas é uma decisão que não parte de mim. Tem que decidir em conjunto. A gente tem até o começo do ano para poder decidir. E é mais ou menos isso. Acho que tem que aguardar para ver o que tem para acontecer neste resto de ano para tomar as decisões em conjunto – afirmou Marcinho ao GE, explicando como estão as conversas:
– Teve uma reunião do Freeland com meu empresário. O que ele me passou é que a diretoria do Botafogo tinha gostado do meu desempenho no segundo turno no Vitória. Eu participei de 12 gols lá, fiz cinco e o resto foi em assistência. E foi importante para mim também, sabe? Dentro disso apareceram algumas propostas de Série A e Série B. O pessoal do Botafogo me deixou bem à vontade para decidir.
Marcinho admitiu que não rendeu o que pode, mas também lembrou que a equipe alvinegra vinha patinando muito no começo da temporada.
– Não gosto de ficar transferindo responsabilidade, não. Acho que tive algumas oportunidades, individualmente falando eu não respondi, só que também depende muito do time. Até porque logo que eu saí, o time começou a ganhar e melhorou muito em conjunto e, consequentemente, apareceu a individualidade de cada um. Eu assumo minha responsabilidade também. Acho que também faltou muito da minha parte. Mas ao mesmo tempo… a gente não conseguiu fazer um bom Carioca e ainda fomos eliminados da Copa do Brasil, aí pesou mais ainda – disse o jogador.
Marcinho conversou com Enderson Moreira quando o treinador chegou ao Botafogo e admite que a indefinição em relação à sua permanência por parte da diretoria alvinegra pesou para que não tivesse recebido oportunidades.
– No tempo que eu fiquei sem jogar no Botafogo eu vinha treinando bem. O próprio Enderson pegou uma parte minha ali e tivemos uma conversa individual. Ele falou: “Marcinho, sua situação hoje no clube é um pouco delicada, não posso falar que vou te colocar agora, mas gosto muito de você, tem treinado muito bem. Então é uma decisão sua de sair ou não”. Eu já estava treinando bem, estava empolgado para poder jogar. Só que eu não podia esperar pra ficar ali e acontecer de eu não jogar e perder o ano. Porque já tinha a questão de a diretoria não querer que eu ficasse tanto – finalizou.