Mazzuco revela ‘diferencial’ de SAF e vê ‘soma de fatores’ para Botafogo brigar por título

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Por FogãoNET

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André Mazzuco, diretor executivo de futebol do Botafogo
Reprodução/TV Globo

O Botafogo é um dos principais exemplos de SAF no Brasil. Um dos primeiros a adotar o modelo, o clube lidera o Campeonato Brasileiro este ano com dez pontos de vantagem e pode conquistar o título após 28 anos. O case alvinegro fez o diretor executivo de futebol André Mazzuco ser entrevistado pela rádio paranaense Banda B.

Mazzuco analisou o movimento do Botafogo e o do Coritiba, sobre o qual foi perguntado.

– O Coritiba e os outros clubes precisam pensar a longo prazo. Como SAF não tenho dúvidas que o Coritiba vai se organizar melhor, vai se estruturar, isso vai ter resultado a médio-longo prazo. Existe uma expectativa quando se chega uma SAF, todo mundo pensa em título. O Botafogo tem uma soma de fatores. Estamos liderando hoje, mas não somos campeões ainda, esperamos que dê certo, mas o nosso objetivo inicial era brigar por uma Libertadores e ir evoluindo gradativamente – explicou Mazzuco.

O dirigente vê como trunfo na SF a visão profissional.

– O grande diferencial quando se tem uma SAF, um dono do clube, é que se tem uma gestão continuada, não uma ruptura a cada três, quatro anos. As decisões acabam sendo muito mais técnicas e o clube tem a oportunidade de ter um trabalho continuado. Nas associações a gente acaba vendo a dificuldade de manter isso, mesmo dando certo, a cada nova eleição. Fora que as decisões às vezes tem interferência política – afirmou.

– No Botafogo, a relação é exclusivamente com o dono (John Textor). A tomada de decisão passa pelos profissionais de cada setor, mas com a decisão final do dono e só. O Botafogo teve uma transição mais facilitada. Foi o próprio presidente quem fez todo o processo dessa mudança. Ele acompanha o futebol, lógico que não tem um peso na tomada de decisão, mas ele cuida dos 10% da associação – adicionou.

Com convicção e decisões profissionais, o Botafogo vem colhendo frutos este ano.

“Apesar da nossa cultura de resultados, o meio para se chegar ao resultado é muito melhor analisado. O caso do Luís Castro é um grande exemplo. Não tenha dúvida que se fosse um clube associativo era uma mudança iminente. Entendemos que não eram essas as razões do nosso insucesso no Campeonato Carioca. Tivemos uma decisão com convicção, tivemos mais tempo e organização e conseguimos engatar as primeiras vitórias no Brasileiro – completou Mazzuco.

Fonte: Redação FogãoNET e Banda B

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