Por não pagamento de dívidas cíveis desde dezembro, Botafogo pode sofrer novas penhoras, diz blog; clube se posiciona

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Por FogãoNET

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John Textor e Durcesio Mello, do Botafogo
Divulgação/Botafogo

Um novo capítulo nas finanças do Botafogo. Pelo não pagamento de dívidas cíveis desde dezembro, o clube pode sofrer novas penhoras. O problema é diferente da questão trabalhista, que está sendo negociada e próxima de haver um acordo. A informação é do blog da Gabriela Moreira, do “GE”.

O valor devido pelo Botafogo é de cerca de R$ 121 milhões. A ideia era haver um novo Regime Centralizado de Execuções (RCE), desta vez cível, mas que ainda não foi homologado. A SAF do clube fez quatro pagamentos a partir de setembro e parou em dezembro, o que gerou críticas dos credores. Eles reclamam até da falta de acesso ao números alvinegros, o que dificulta saberem se 20% das receitas estão sendo destinados a pagamentos de dívidas.

A um deles, em processo na justiça, o clube respondeu que o credor é “alarmista” e quer “dar prosseguimento em sua execução individual, o que, à toda evidência, não se pode permitir.”

Em nota enviada ao blog da Gabriela Moreira, o Botafogo se defendeu:

“Cabe destacar, inicialmente, o pleno interesse da SAF Botafogo em quitar as dívidas existentes do Clube Social. Esse desejo é soberano e a razão de todos os esforços da equipe jurídica. Ser vanguardista na Lei da SAF nos colocou à frente de situações, no dia a dia da aplicação da Lei, que ainda estão em processo de amadurecimento. No futuro, o debate provocado pelo Botafogo renderá frutos a todo o ecossistema do futebol brasileiro. A questão em discussão é adequar eficiência aos mecanismos legais de pagamento dos credores. Todos os movimentos realizados pelo Botafogo, sejam através de manifestações públicas de dirigentes ou em ações na Justiça, tem como finalidade garantir as melhores condições para os próprios credores.

– O Botafogo confirma a existência de tratativas junto aos representantes dos credores trabalhistas. O Clube está otimista e espera um desfecho favorável no decorrer das próximas semanas. Os ajustes tratados junto aos credores visam garantir maior eficácia ao espírito da Lei de SAF, conciliando o interesse do Clube e dos Credores, simultaneamente, para a quitação do passivo histórico do Botafogo.

– O RCE Cível não foi, até o presente momento, deferido e homologado pelo Poder Judiciário. O processo tramita de forma regular, observando-se as diversas manifestações dos credores quanto ao plano proposto pelo Botafogo. É importante ressaltar que a dívida do Clube nessa esfera é significativamente inferior aos valores supostamente indicados pela credora consultada, e podem ser consultados na petição inicial de propositura do Regime Centralizado de Execuções.

– O Botafogo preza por medidas de Governança Corporativa, transparência, ética e conformidade. É improcedente a afirmação de que o clube se opõe a isso. Ao contrário do indicado, o Clube apenas se opõe a medidas que tornem os processos ainda mais onerosos, em especial por entender que todo e qualquer recurso investido em tais processos deva ser alocado diretamente para o pagamento dos credores, garantindo a maior celeridade e eficiência na resolução das dívidas históricas do clube”.

Fonte: Redação FogãoNET e blog da Gabriela Moreira (GE)

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