A Volt, empresa que estava acertada com o Botafogo para ser a nova fornecedora de material antes da transformação em SAF, está preparando uma investigação sobre o contrato rompido de forma unilateral pelo clube para posteriormente acionar a Justiça, informa reportagem do “O Globo”.
A empresa pagou R$ 2,5 milhões de forma antecipada ao Botafogo, que utilizou o valor para pagar despesas com o futebol em 2021, entre elas salários, luvas e premiações. A Volt vai tentar também o pagamento da multa pela quebra do contrato – decisão tomada logo na chegada de John Textor – e reaver o prejuízo com investimentos feitos para atender a demanda do mercado.
– A Volt busca compreender o que realmente aconteceu nos bastidores da celebração do contrato. A ruptura se deu pouco tempo depois da contratação e quase no mesmo momento de recebimento de parcela paga pela Volt ao Botafogo. Daremos início a um pedido de investigação antes de acionarmos a justiça – afirmou o advogado da Volt, Michel Assef, ao “O Globo”.
Além de fornecer o material, a Volt também lançaria quatro novas lojas oficiais, sendo uma em General Severiano e outra no Estádio Nilton Santos. A empresa afirma ainda que foram marcadas sete reuniões, todas canceladas posteriormente pela SAF Botafogo.
– A Volt notificou o clube e tentou iniciar uma negociação, fazendo contatos com a administração do Botafogo e seus respectivos advogados. É difícil compreender, a atitude do Botafogo é inexplicável. Exatamente em razão dessa dificuldade, é necessário que se faça uma investigação e que seus dirigentes e gestores deem uma explicação sobre o que de fato ocorreu, já que suspenderam o contrato logo após receberem os valores antecipados pela Volt – explicou Assef.
O Botafogo não se pronunciou à reportagem do “O Globo” sobre a questão. O clube ainda não tem um fornecedor de material esportivo e negocia com duas marcas – uma delas é a Reebok – para 2023.