Bastou o Botafogo passar por uma fase ruim com eliminação precoce no Campeonato Carioca e classificação sofrida diante do Sergipe na Copa do Brasil para diversos comentaristas sentenciarem que a SAF alvinegra estava fadada ao fracasso e que a do Vasco, constituída há menos tempo, era bem melhor.
Pois bem. Nesta quinta-feira, o tão elogiado Vasco jogou muito mal e foi eliminado nos pênaltis pelo ABC em pleno São Januário, caindo fora da Copa do Brasil na segunda fase. É a segunda eliminação seguida do Cruz-Maltino nesta etapa da competição – ano passado saiu para a Juazeirense. Pedro Raul, tão badalado, perdeu seu terceiro pênalti pelo clube e saiu xingado pela torcida.
“Futebol é momento”, diz o chavão. Mas os comentários sobre as SAFs não podem ser baseados nisso. Essa modalidade de clube-empresa é um fenômeno novo no Brasil, criando inclusive dificuldades que não eram esperadas para os investidores – John Textor, no Botafogo, e Ronaldo, no Cruzeiro, têm sentido isso na pele.
Cada caso é um caso e não dá para ninguém falar que uma SAF é melhor que a outra. O Bahia, por exemplo, foi comprado pelo poderoso Grupo City e começou 2023 muito mal. Cada clube tem suas particularidades, e futebol não é nem de perto uma ciência exata.
O Botafogo, mesmo com a classificação com goleada por 7 a 1 sobre o Brasiliense, continua vivendo um momento delicado dentro e fora de campo e precisa de muitos ajustes. O clube se movimenta, mesmo que não no ritmo necessário, e a torcida deve seguir vigilante. Não há fórmula mágica no futebol.