Pitacos: erros do Botafogo não podem passar em branco, mas erros da arbitragem são piores

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Arbitragem (Ramon Abatti Abel) em Atlético-MG x Botafogo | Campeonato Brasileiro 2023
Reprodução/Premiere

* É válido analisar Atlético-MG 1 x 0 Botafogo por dois lados. Um pela atuação ruim do Glorioso, outro pela péssima atuação da arbitragem, o que talvez seja um ponto ainda mais preocupante.

* Comecemos pelo time. É absolutamente natural haver a oscilação, ainda mais em um Botafogo que quebrava todos os recordes. O desempenho era muito acima do média. O problema é que o nível atual está aquém.

* Não há como negar que tem a ver com Bruno Lage. Antes, o Botafogo havia tido cinco vitórias e duas derrotas fora de casa. Com o treinador, não venceu longe do Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro-2023 e nem sequer fez gol nos últimos jogos.

* Para piorar, mal tem finalizado fora do Rio. Contra o Cruzeiro e contra o Atlético-MG, ambos em Belo Horizonte, pouco incomodou a zaga adversária. Além disso, tem sofrido gols que antes não sofria, em transição direta e enfiadas na linha de defesa.

* Tem muito a ver com a linha alta defendida por Bruno Lage e uma “equipe mais pressionante”. O técnico tenta posicionar o time mais à frente, só que é complicado por conta das características dos jogadores e do hábito como equipe. O Botafogo estava mais acostumado a se defender mais atrás, em bloco baixo e compacto, para sair forte em transições.

* Como marcar alto se Tiquinho Soares e Eduardo não têm essa força para pressionar os zagueiros e roubar bolas? Acaba que as linhas ficam distantes e mal posicionadas, com a defesa mais vulnerável. As tentativas de mudança de Bruno Lage acabaram tirando também um pouco da confiança de jogadores e do time.

* Contra o Atlético-MG, ele acertou em voltar com a escalação que “vinha dando certo”. Só que a equipe já não tem mais a confiança tão elevada, então as coisas não acontecem mais tão naturalmente. E piorou em um fator que era determinante: a bola parada. O Botafogo não tinha problemas em cruzar bolas na área, mesmo que de longe, para aproveitar seus jogadores altos, incomodar os adversários e gerar gols. Diante do Galo, os cruzamentos foram horríveis.

* Tem a ver também com o time e com os jogadores. É preciso ter mais atitude, mais faca nas dentes, mais vontade de dar uma resposta após eliminação na Copa Sul-Americana e derrota em clássico para o Flamengo. Um dos diferenciais deste Botafogo é a alta intensidade em campo. Sem ela, fica muito mais difícil.

* Se pensarmos da forma mais pragmática, aconteceram os resultados não tão improváveis na rodada: o Palmeiras vencer o Goiás em casa e o Botafogo perder para o Atlético-MG no pasto da Arena MRV. A lógica da tabela é o Palmeiras ter dificuldades contra Grêmio e Red Bull Bragantino nos próximos jogos, o que dá chance ao time alvinegro de voltar a ampliar a vantagem.

* Mas o maior problema não está exatamente no Botafogo. Está no que a arbitragem vem aprontando nos últimos jogos. Prejudicou grosseiramente o Botafogo contra Flamengo e Atlético-MG. Beneficiou o Palmeiras diante de Cruzeiro, Vasco e Goiás. Beneficiou o Grêmio contra o Fluminense.

* Está certo o Botafogo de reclamar, já deveria ter feito após o clássico com o Flamengo. A impressão é que realmente querem evitar que o Glorioso aumente a vantagem e se aproxime logo do título, para não tirar a emoção e o interesse do Campeonato Brasileiro.

* Só que o Botafogo não pode pagar essa conta. Até porque em momento algum vão compensar esses erros grosseiros contra o clube e porque, no futuro, o que vai ficar é quem for campeão, não quem foi prejudicado ou beneficiado pela arbitragem.

Fonte: Redação FogãoNET

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