Quando o primeiro turno do Campeonato Brasileiro terminou a pergunta era: Quando o Botafogo vai ser campeão? Já imaginaram um clube no segundo ano de SAF dar a volta olímpica na principal competição do país? Algo bizarro para quem representa o atraso no futebol brasileiro. Pior do que isso só imaginar o Ednaldo Rodrigues no aeroporto esperando o Carlo Ancelotti não chegar da Espanha. Mas voltando ao Glorioso, um cenário caótico para a CBF.
Dona do produto futebol brasileiro, que tem cuidado muito bem, como vimos no Brasil x Argentina e na campanha brasileira nas Eliminatórias, a CBF também se acha dona do Brasileirão. Culpa dos clubes, que não cuidaram do que era seu nos últimos anos. Sendo assim, para a CBF seria péssimo o Botafogo ganhar por antecipação.
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O Botafogo vinha atropelando. Só não pontuava quando alguma coisa errada acontecia, como ignorarem o pênalti em Janderson contra o Furacão no primeiro turno. Assim só um golpe de sorte poderia dar graça ao Brasileirão e ajudar a CBF a ver seu produto não terminar 2023 sem interesse.
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Não é que as coisas ajudaram a entidade. Primeiro foi a falta de luz no Niltão. Aí a CBF, coitada, por motivo de força maior, agiu rapidamente e definiu que o Botafogo jogaria sem torcida. Afinal de contas, ela sempre agiu rapidamente, como quando levou apenas três décadas para reagendar Flamengo x Bragantino.
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Mais uma vez, sem opções, a pobre CBF se viu obrigada a prejudicar o Botafogo adiando o jogo com o Fortaleza poucos dias antes da final da Copa Sul-Americana. Tenho certeza de que todos na entidade ficaram bem chateados.
Um série de equívocos

Para piorar a situação do Botafogo, a arbitragem brasileira, sob o comando do sempre competente Wilson Seneme (como ele apitava bem né?), acabou cometendo uma série de erros contra o Botafogo. Foi cotovelada de Bruno Henrique e gol ilegal contra o Flamengo, gol anulado do Diego Costa contra o Galo, gol de mão do Cuiabá e a expulsão do Adryelson. Para agravar ainda mais a situação, o Palmeiras passou a contar com erros que o favoreciam, claro que sem intenção. Como foi a agressão do Endrick diante do Furacão. O Abel Ferreira está até mais quieto né? Aqui não vai nenhum sentimento de que os árbitros possam ter sentido a pressão por um Brasileirão mais atraente. Isso não aconteceria.
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Diante disso tudo podemos dizer que a CBF, sem precisar fazer nada, mostrou ter grande sorte e viu o Brasileirão voltar a ter graça. Pena que não dá a mesma sorte nas competições que não organiza, como nas Eliminatórias e nas Copas do Mundo. Nessa o bicho pega.