Marcelo Chamusca ainda não conseguiu formar um time no Botafogo. Mas isso é normal e faz parte de qualquer começo de trabalho. Além disso o treinador tem encontrado problemas com lesões e também com a saída de jogadores. Mas o que não se pode tolerar é a falta de ambição em um ano que o Botafogo tem um único e claro objetivo: voltar ao lugar de onde jamais deveria ter saído.
Pedro Castro, por exemplo, é um jogador que faz falta ao treinador. A situação envolvendo a saída de Matheus Babi mexe drasticamente com o planejamento do comandante. Joel Carli, Rafael Carioca, Gilvan e outros chegaram há pouco tempo. Até aí é visível que ele ainda não montou um time por não ter os jogadores todos à disposição.
Não dá para tentar conter a Lusa

Tudo isso é aceitável. O que não é aceitável é ver Marcelo Chamusca se preocupar em conter uma Portuguesa com um homem a menos. O que não dá é para manter Ronald e Ênio no banco em um jogo que velocidade e ousadia levariam a uma vitória relativamente tranquila. A forma covarde como o Botafogo se comportou parecia gerar desconforto até na Lusa.
Especialista em acessos, Marcelo Chamusca ganhou a maior chance profissional de sua vida. Não tem experiência em grandes clubes. Assim precisa entender rapidamente a diferença entre dirigir o Botafogo e treinar o Cuiabá. Entretanto, tem prazo para isso. Aliás, já era para ter entendido. Mas ainda dá tempo e é preciso agir rapidamente. Do contrário, dificilmente vai ter sucesso.