A função principal da imprensa é noticiar informações cobrando que denúncias sejam apuradas. Mas isso antes de John Textor chegar ao futebol brasileiro e antes de o Botafogo voltar a competir com força no cenário nacional. Esses fatos, pelo visto, mudaram esta função da imprensa. Alguns veículos agora parecem exigir que denúncias feitas por um réu confesso na CPI do Futebol, que trata de manipulação de apostas, não sejam levadas com a seriedade que se exige.
Vivi para ver alguns jornalistas, que antes defendiam prisão de presidentes de CBF e transformaram outros dirigentes em demônios, simplesmente garantirem que a CPI do Futebol é uma piada que deve ser desprezada.
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A função da imprensa é cobrar investigações e exigir que casos que envolvam manipulação de resultados sejam punidos. Qualquer investigação séria, que culminou com a destruição de quadrilhas, começou de certa forma com algum corrupto abrindo o bico. Mas quando alguém quer falar a imprensa quer que se esqueça o fato?
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Apenas o clubismo explica a atitude de alguns jornalistas de tentarem ridizularizar a CPI e os empresários que fazem denúncias deste tipo. Pior do que isso, alguns veículos falam que não deveriam nem noticiar o caso. Como assim? O torcedor não tem o direito de saber dos depoimentos e ter as suas próprias opiniões?
Não publicar a informação?

Mais uma vez posso dizer que vivi para ver jornalistas defendendo que notícias não sejam publicadas. Lamento ver este tipo de situação. Pelo visto se o Botafogo não deixar rapidamente de ser competitivo vamos ter que aturar mais absurdos da mídia.
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Como jornalista não posso saber se o cidadão que foi na CPI vomitar um monte de coisas fala ou não a verdade. Não posso cravar que as denúncias de John Textor são todas reais. Mas posso garantir que desejo muito que tudo seja investigado e apurado, independentemente de clubismo. Se há corrupção, que se puna os culpados. Este é meu desejo e deveria ser de todos os jornalistas de bem.