Eu acho que o Botafogo com Luís Castro deveria estar muito melhor do que agora. Acredito que a maioria da torcida concorda. Tanto que na quinta-feira, antes do jogo com o César Vallejo do Peru, gritou os nomes de todos do time, de Loco Abreu e ignorou o português. Mas a verdade é que são bem curiosos os números de Luís Castro no Botafogo em 2023.
Com ele, excluindo o jogo com o Audax (talvez o maior responsável pela ausência nas semifinais do Carioca), o Botafogo disputou 20 jogos. Foram 13 vitórias, 4 empates e 3 derrotas.
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As derrotas foram para o Vasco, em um jogo que o time ficou com nove em campo desde o fim do primeiro tempo, Flamengo e Portuguesa. Nessas duas últimas o desempenho foi pífio. Tão ridículo quanto nos empates com Sergipe e Portuguesa (na semifinal da Taça Rio).
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O Botafogo com Castro conseguiu mais de 70% dos pontos que disputou. Percentual que teria, por exemplo, lhe dado o vice do último Brasileirão.
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Tem quem vá dizer: “mas olha o nível dos adversários”. Ou então: “mas o time está longe de jogar bem”. Concordo com ambos. Mas vamos olhar para o lado e ver algumas realidades.
Luís Castro e a arte de olhar para o lado
Ganhar do Ypiranga é obrigação. Mas o Grêmio perdeu. Bater o César Vallejo é mole. Mas o Flamengo perdeu do Aucas e do Maringá. Ganhar dos pequenos do Rio não conta. Corinthians, Santos e São Paulo sequer foram semifinalistas do Paulistão. Além disso campeões estaduais como Atlético e Palmeiras perderam, respectivamente, para Athletic e Água Santa. O Vasco caiu na Copa do Brasil. O Galo penou para vencer o Brasil de Pelotas. O Corinthians perdeu do Remo.
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Ah, então passa pano para o Castro e está tudo bem né? Não. O que quero dizer é que comparando com outros o bicho não é tão feio quanto parece. E contra números não se briga.
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A questão no Botafogo é olhar para dentro. Perceber que precisa evoluir muito. Que muitas vezes poderia se impor mais e não consegue. Que seus laterais ainda são um problema quando Marçal não joga. Que falta um jogo mais regular e que Castro é teimoso em vários aspectos. Mas também é preciso reconhecer as coisas boas. E cobrar apenas o que deve ser cobrado. E você, torcedor, o que acha dessa discussão?
