A possibilidade de se demitir Marcelo Chamusca do comando do Botafogo era algo completamente descartado mesmo depois da eliminação na Copa do Brasil e no Campeonato Carioca. Após a derrota para o Fluminense, que afastou qualquer possibilidade de título estadual, era consenso na diretoria e internamente que o treinador ia poder trabalhar. Na época faltava mais de um mês para o começo da Série B e o pensamento era que, sem o peso e a necessidade dos resultados, Chamusca conseguiria colocar em prática seu trabalho. Mas hoje não há mais unanimidade neste sentido.
A goleada de 4 a 0 sobre o Macaé aumentou o pensamento de que apenas faltava tempo a Chamusca. Apesar de ser o lanterna, o time jogou bem. Mas a apática e fraca atuação no empate sem gols com o Nova Iguaçu ligou o sinal de alerta. O time com Chamusca tem alguns espamos, mas não é constante e não se mostra organizado. Hoje não há mais o sentimento de que o treinador precisava apenas de tempo.
Troca no meio da Série B é problema
A insistêmcia em um estilo lento, que leva ao jogo apático, remete a 2020. Algo que incomoda demais internamente. Além disso algumas escolhas do treinador não conseguem ser defendidas nem por quem não trabalha com a demissão. Outro fator que incomoda é a naturalidade com que lida com os fracassos nas entrevistas. A tentativa de mostrar que está sob controle se confunde com passar uma imagem de que é normal perder. Algo que não se encaixa em uma camisa botafoiguense.
Dentro do clube já é forte o pensamento de que pode se estar perdendo tempo. Além disso o limite de trocas de técnico na Série B e os perigos de começar um torneio tão disputado com maus resultados preocupam. Mas será preciso convencer o presidente Durcesio Mello, que é avesso a trocas de treinadores. Entretanto com fatos e bons argumentos o mandatário não vai ciar problemas. Assim se o Botafogo for eliminado pelo Nova Iguaçu a queda de Chamusca pode ser inevitável.
