O gol de Rickson na goleada de 4 a 0 sobre o Macaé me fez lembrar de um jogador que teve rápida passagem pelo Botafogo em 1996. Trata-se de Télvio, irmão do artilheiro Túlio Maravilha. No decorrer do texto o amigo botafoguense vai entender a lembrança.
Com Túlio tendo sido campeão brasileiro e em alta no clube, Carlos Augusto Montenegro, então presidente, resolveu fazer um agrado ao artilheiro e contratou seu irmão. Era Télvio Furacão o nome da peça. O Botafogo de 1996 já não tinha o mesmo brilho de 1995 pois perdeu jogadores importantes como Leandro Ávila, Sérgio Manoel e Donizete. Mas ainda assim era muito competitivo. Tanto que conquistou a Taça Cidade Maravilhosa com os pés das costas e o Troféu Tereza Herrera, batendo a Juventus na final.
Télvio e o gol da despedida
Télvio não tinha muito intimidade com a bola. Apenas o pistolão do irmão justificaria a sua presença no elenco. O contrato foi curto e estava perto do fim, como está a atual situação contratual de Rickson. O vínculo dele termina em maio.
Faltando uma semana para o contrato acabar Télvio foi titular em um jogo que o Botafogo cumpria tabela no Carioca. Assim como este contra o Macaé. Confesso que não lembro o adversário. Sentado na cadeira do Caio Martins, Montenegro vê Télvio fazer seu único gol com a camisa alvinegra. Nessa hora um repórter se vira ao dirigente e brinca: “É o gol da renovação, presidente?”. Montenegro se vira com um sorriso no rosto de diz: “É o gol da despedida”. Que o gol de Rickson seja o da sua despedida do Botafogo….