O Botafogo terminou o Campeonato Brasileiro de forma bizarra. Se você pudesse escolher um jogador para representar a cara do Botafogo na competição, quem você escolheria? A minha escolha é por Lucas Perri. O goleiro que mudou drasticamente o sentimento que o torcedor tinha por ele ao longo do torneio. É injusto personificar tantos erros de uma equipe inteira e muito menos o objetivo aqui é colocar no arqueiro a culpa de tudo. Apenas quero dizer que ele simboliza o fracasso que vimos.
Nos últimos anos, ou melhor, até 2018, eu sempre me acostumei a ver um atacante entrar na área do Botafogo, mesmo que livre, e acreditar que a bola não ia entrar. Simples, o Glorioso tinha Jefferson. Alguns metros a menos no quesito confiança, Gatito Fernández também transmitia essa segurança.
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No primeiro turno, quando a defesa dava algum mole, que era raro, eu acreditava que o gol não ia sair. Era impressionante como Lucas Perri fechava o gol e conseguia se recuperar em lances que pareciam impossíveis. Nem mesmo o frango contra o Inter, no Niltão, diminuía a confiança. Ele logo depois se recuperou com grandes defesas no mesmo jogo.
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Veio o segundo turno e alguém tomou posse do corpo de Lucas Perri. Não parecia o mesmo goleiro. Inseguro toda vida e comprometendo o time em várias jogadas. O gol do Cuiabá, apesar da irregularidade, termina com uma precipitação. Mas o que ferrou demais o time foram as saídas de bola equivocadas e sem que tivesse a necessidade de pressa.
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Os principais erros de Lucas Perri no Botafogo
Diante do Palmeiras, com 3 a 0 favoráveis, Perri decidiu sair rapidamente com a bola e deu o primeiro gol ao Palmeiras. A reação começou ali, apesar de muitos só lembrarem do pênalti do Tiquinho Soares ou da expulsão do Adryelson. No último jogo, contra o Inter, o Botafogo tinha acabado de empatar e o goleiro cometeu outra vez o mesmo equívoco. Dessa vez de forma ainda mais bizarra. O segundo gol colorado matou emocionalmente um time que já estava com os nervos na chuteira.
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Lucas Perri vai deixar o Botafogo. Estranho que ainda tenha mercado depois do segundo turno que fez. Se na Europa atuar o do primeiro turno, seguirá na Seleção Brasileira e vai fazer carreira. Do contrário, vai voltar com a cabeça baixa. Mas quem sabe, já tendo aprendido a hora de tentar uma saída rápida de bola.
