Não deu nem para o embalado Fluminense, nem para a tentativa de reconstrução do Botafogo. Os sete jogos sem derrota agora viraram oito, o que deixa o time tricolor ainda na luta pelo G-4, mas poderia ser melhor. A sequência de três derrotas cessou, o que não quer dizer muita coisa para os alvinegros, pois o 1 a 1 na noite desta quarta-feira, no Maracanã, não ajuda na luta pelo título do Campeonato Brasileiro.
Agora com 43 pontos, o Botafogo continua em terceiro lugar, mas agora a dois pontos do vice-líder Grêmio e a 13 do Cruzeiro. O Fluminense continua embolado no meio da tabela e soma 34 – são sete de distância para o time que abre o G-4, o Atlético-PR, derrotado nesta quarta pelo Grêmio.
Fazia três anos que as equipes não se enfrentavam no Maracanã, desde o 3 a 2 alvinegro pela semifinal da Taça Rio de 2010. O início da partida até parecia repetir o placar movimentado que foi naquele ano. Com 14 mintutos, Biro Biro para o Flu e Bolívar para o Bota já haviam mexido no placar. Mas foi só isso. Algumas chances criadas, e o placar ficou mesmo estacionado.
– Fomos bem superiores, tomamos um gol sem querer, o Bolívar nem soube que fez o gol. Claro, não foi o ideal, mas fizemos um grande jogoo e é o que fica. (Desfalques contra o Inter) Em todo o campeonato tivemos problemas, talvez será o maior de todos. Mas é dar sequência, independente de quem for jogar – analisou Rafael Sobis.
E o holandês Seedorf tentou reanimar o time na saída do gramado.
– O jogo começou muito mal, mas tivemos uma boa reação. No primeiro tempo a gente comandou o jogo, e no segundo foi mais equilibrado. É um classico e mostramos que não estamos mortos. Vamos para frente nessa reta final. Não estamos olhando o Cruzeiro, estamos tentando somar o maior número de pontos possíveis. Temos que ser superior a resultados. Tentamos ganhar, não deu, e vamos agradecer aos nossos torcedores. Mostramos que não estamos mortos.
O Botafogo terá no próximo sábado um confronto importante contra o vice-líder, o Grêmio. Os time se enfrentam às 18h30m (horário de Brasília), no Maracanã. O Fluminense viaja até o Rio Grande do Sul para pegar o Inter, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, domingo, às 16h.

Tabela e um pouco de sorte
Um Fluminense contrastante deu as caras logo no início do jogo. Ao mesmo tempo que Leandro Euzébio e Gum se atrapalharam atrás sob pressão do ataque alvinegro, Biro Biro, Wagner e Jean trocaram passes na frente em velocidade. Em um dos lances, o atacante recebeu do volante depois de uma bonita tabela e empurrou para o fundo do gol. Isso tudo com apenas dois minutos.
Parecia uma carta marcada: Cavalieri lançava para frente, Wagner desviada e Biro Biro partia para a jogada individual contra Edilson, bem-sucedido na maioria das vezes o tricolor. Mas a defesa hesitante deu sinais de que uma hora a sorte falharia. Falhou no cruzamento de Seedorf em cobrança de falta. Rafael Marques, sozinho, cabeceou para o meio e Bolivar, também livre, viu a bola tocar em sua perna sem querer antes de morrer no canto: 1 a 1.
Azar do Fluminense, que ainda viu Carlinhos sair lesionado e Gum, Edinho e Felipe receberem o terceiro cartão amarelo, agora suspensos para o jogo contra o Internacional. Viu também Biro Biro perder uma chance cara a cara, mas em contraponto Leandro Euzébio salvar um lance dentro da pequena área, em jogada que saiu pelo lado esquerdo (do ataque), fonte de lances de perigo encontrada pelo Botafogo. Os alvinegros exploraram o fato de o jovem Rafinha, volante de origem, estar improvisado na lateral direita por conta das ausências de Bruno e Igor Julião.

Mudanças no time, nenhuma no placar
Na volta do intervalo, mais cartões. Oswaldo de Oliveira terá que achar substitutos para Bolívar, Edilson e Gabriel, mais dois na lista dos suspensos por conta do amarelo. Pior ainda ficou para Vanderlei Luxemburgo, que precisou gastar as alterações até os 22 minutos. Primeiro por opção tática, já que Felipe rendia pouco. Rhayner entrou para dar mais velocidade. Mas o outro meia sentiu. Wagner pediu para sair, e Diguinho o substituiu. Até então Oswaldo sequer tinha mexido.
Mas quando mexeu, mudou a cara do time ao trocar o atacante Henrique pelo lateral Gilberto. Rafael Marques ficou mais centralizado e marcou depois de cruzamento de Julio Cesar, mas o lateral estava impedido, bem marcado pelo assistente. O Fluminense, porém, passou a mandar mais no jogo, pressionou, Rafael Sobis chutava sempre que podia, mas parou na defesa adversária.
FICHA TÉCNICA
FLUMINENSE 1 X 1 BOTAFOGO
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data-Hora: 2/10/2013 – 21h (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-DF)
Auxiliares: Alessandro Rocha Maros (Fifa/BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)
Renda e público: R$ 357.455,00 / 15.067 pagantes / 19.572 presentes
Cartões amarelos: Edinho, Gum, Felipe e Leandro Euzébio (FLU); Gabriel, Marcelo Mattos, Edilson e Rafael Marques (BOT)
Cartões vermelhos: –
Gols: Biro Biro 2’/1ºT (1-0) e Bolívar 13’/1ºT (1-1)
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Rafinha, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos (Ronan 37’/1ºT); Edinho, Jean, Felipe (Rhayner 16’/2ºT) e Wágner (Diguinho 22’/2ºT); Biro Biro e Rafael Sobis – Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
BOTAFOGO: Jefferson, Edilson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel (Lucas Zen 44’/2ºT), Lodeiro (Octávio 38’/2ºT), Seedorf e Rafael Marques; Henrique (Gilberto 28’/2ºT) – Técnico: Oswaldo de Oliveira.