Foi a melhor atuação alvinegra no returno. O time resgatou intensidade e rapidez na execução do 4-2-3-1. Seedorf solto, articulando mais à esquerda e acionando Hyiru e Rafael Marques em diagonal e Elias como referência. Gol e assistência do camisa 10 para o centroavante construiram os 2 a 0 no primeiro tempo.

Na segunda etapa, algum equilíbrio com as substituições de Vagner Mancini. Na expulsão de Leo, o Botafogo já havia recuperado o domínio e carimbado a trave com Rafael Marques. Os gols do redivivo Bruno Mendes, que substituiu o lesionado Elias, consolidaram a goleada.
Mas é impossível negar que o time alvinegro aproveitou a nítida desconcentração do Atlético-PR que começa a decidir a Copa do Brasil no meio da semana. Sem Paulo Baier e com o sistema defensivo desatento na maior parte do tempo e patético no segundo gol, ficou engessado em um 4-3-1-2 lento e ineficiente. Virou presa fácil nos primeiros 45 minutos.

Ensaiou alguma reação após o intervalo com Dellatorre na vaga do inócuo Fran Mérida, repaginando a equipe num 4-2-3-1. Mas voltou a se desmanchar e o placar saiu até barato – 17 a 10 em finalizações, 10 a 2 na direção da meta (Footstats).
Ótima vitória do time de Oswaldo de Oliveira, que volta ao G-4 ao menos até amanhã e recupera parte da confiança esquecida em algum dia de setembro. A expulsão de Bolívar no final foi a única má notícia da noite no Maracanã.

Os 4 a 0 podem ser perigosos…para o Flamengo. Porque o time paranaense tende a entrar ainda mais concentrado na partida de ida na Vila Capanema. Mas principalmente pelo risco do time carioca instintivamente subestimar o rival que teve atuação atípica e acreditar que pode repetir a goleada alvinegra no Maracanã na partida de volta.
Sem querer, o Botafogo pode ter criado um cenário perigoso para Jayme de Almeida e seus comandados, algozes nas quartas-de-final do torneio nacional. A conferir.