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Decepcionado com diretoria, Tulio vai torcer pelo Bota na Liberta: ‘Time do coração’

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Por FogãoNET

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Um misto de nostalgia, decepção, esperança e, claro, bom humor. Assim pode ser resumido o estado de espírito do atacante Túlio Maravilha às vésperas da volta do Botafogo à Libertadores. Principal nome da campanha irregular de 18 anos atrás, o folclórico jogador promete que vai torcer pelo título inédito, mesmo após as rusgas com a atual diretoria, devido à interrupção do projeto do gol mil — ele garante que só falta um.

— Claro que vou torcer. Depois de 18 anos, o torcedor está com saudade de ver o time numa competição como a Libertadores. Nada contra o clube. Sou Botafogo de coração. Não ficou mágoa, apenas achei falta de respeito (do presidente Maurício Assumpção) pela história que tenho no clube, sendo campeão, artilheiro e ídolo — afirma ele.

Mesmo insatisfeito com a quebra do combinado para que o milésimo saísse pelo Botafogo, Túlio deixa a modéstia de lado como sempre e, aos 44 anos, assegura que teria condições de estar balançando as redes no Estadual 2014:

— Já poderia ter feito o gol mil há tempos. Hoje, por exemplo, poderiam me incluir no time reserva que tem disputado o Estadual, para eu poder fazer o milésimo.

Embora respeitado pela torcida, Túlio acredita que a idolatria poderia ser ainda maior não fosse o erro, como ele próprio assume, de ter ido jogar no Corinthians em 1997, quando ainda vivia grande fase no Glorioso.

— Esse é, até hoje, meu maior arrependimento. Se pudesse voltar no tempo, nunca teria saído. Jogaria mais 15 anos como o Nilton Santos. Depois que saí nada mais deu certo na minha carreira profissional. Com esse vai e volta entre os clubes, eu perdi a identidade, o rumo. O ídolo é de um clube só — admite.

Gol de calcanhar

Com planos de chegar ao milésimo até maio, para que seu feito não seja ofuscado pela Copa do Mundo, o ex-camisa 7 alvinegro se lembra com carinho de um tento marcado exatamente na primeira fase da Libertadores de 96 contra a Universidad Católica, do Chile, no Maracanã. Apesar das críticas na época, por ter dado de calcanhar já sobre a linha, ele defende a originalidade do lance:

— Acho que marquei uma página bonita na Libertadores com esse gol. Não vi como menosprezo, porque polemizaram na época, criaram uma tempestade. Foi um gol de improviso, como de bicicleta.

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