O empate em 2 a 2 do Santos com o Atlético-MG, na noite desta quarta-feira, em Belo Horizonte, pode até dar sobrevida ao técnico Marcelo Fernandes. Mas, antes mesmo do duelo no estádio Independência, a diretoria alvinegra já havia consultado Clarence Seedorf sobre a possibilidade de substituir o treinador campeão paulista, que balança em razão da série de seis partidas sem vitória.
Desempregado há um ano, Seedorf conta com um defensor de peso dentro da Vila Belmiro: Robinho. Eles se tornaram amigos quando foram companheiros de time no Milan. Depois, o holandês ainda comandou o Rei das Pedaladas no próprio clube, no ano passado.
Seedorf tem apenas seis meses de experiência no banco de reservas — ele ficou no Milan de janeiro a junho de 2014, quando conquistou 11 vitórias, dois empates e nove derrotas. Pegou o time na parte de baixo do Campeonato Italiano e terminou na oitava posição, algo que não impediu sua demissão.
A relação do holandês com o Brasil vai além da amizade com Robinho e da passagem marcante pelo Botafogo, de 2012 a 2013, ainda como jogador. Ele fala português fluentemente, é casado com uma brasileira e chegou a pensar na possibilidade de trabalhar como empresário de algumas revelações do futebol carioca.
Na cúpula santista, também há quem defenda os nomes de Guto Ferreira, da Ponte Preta, e Gilson Kleina, do Avaí. Este segundo, inclusive, também recebeu ligação de um representante do Peixe.
A pressão em cima de Marcelo Fernandes começou há pelo menos duas semanas. No último sábado, após empatar com a Ponte Preta em casa, o treinador recebeu mal a série de perguntas sobre a possibilidade de ser demitido e sugeriu que os jornalistas telefonassem para o presidente Modesto Roma Júnior. Ele, inclusive, passou o telefone fixo do Santos.
Publicamente, o presidente garante que vai segurar Marcelo Fernandes, ainda que seja para utilizá-lo mais uma vez como auxiliar-técnico.