Definitivamente, a maré virou no Botafogo. O time, que não tinha perdido um jogo em casa sequer, em menos de uma semana, foi superado duas vezes, e por adversários que ocupam a parte de baixo da tabela (Bahia e Ponte Preta). Agora, a equipe já está há quatro partidas sem vitórias – contando o empate com o Flamengo pela Copa do Brasil – e vem de três reveses seguidos no Brasileiro.
Técnico, dirigente e jogadores, todos tentam achar o motivo de uma queda de produção tão brusca, que já ameaça até a vaga na Libertadores do ano que vem.
Segundo o presidente Mauricio Assumpção, a situação da equipe já pode ser considerada bem preocupante, até porque a queda de rendimento tem ocorrido sempre nas retas finais dos últimos campeonatos.
– O Brasileiro é um campeonato longo, e as oscilações acontecem mesmo, mas não podemos deixar que elas aconteçam no Botafogo sempre na reta final. Então, tem gente lá dentro do clube trabalhando na função de detectar essa questão e achar uma solução rápida para isso, porque tem que ser uma solução para ontem – afirmou, um tanto temeroso, o dirigente alvinegro.
Sobre o fato de o time ter conseguido vencer adversários considerados mais fortes, mas acabar sucumbindo perante equipes que estão na parte inferior da tabela, de acordo com o técnico Oswaldo de Oliveira, o preponderante nos confrontos são os momentos das equipes:
– Lembro que quando perdemos para o Cruzeiro, o comentário era esse (os próximos jogos do Botafogo seriam mais fáceis). Tínhamos Bahia e Ponte, e o Cruzeiro tinha Corinthians e Internacional. Julgavam que nossos rivais fossem mais fáceis, mas Bahia e Ponte ganharam do Inter e do Corinthians, respectivamente. Essa teoria se esvai no campeonato. Depende do momento da equipe. Pegamos Bahia vindo de uma vitória muito boa contra o Inter, e a Ponte também vindo de vitórias. Não é questão de forte e fraco, é do momento. Claro que temos motivação para o próximo jogo, principalmente se tratando de um clássico – disse o técnico Oswaldo de Oliveira, abalado após o jogo de sábado.