Parte dos bastidores da contratação de Tiquinho Soares, hoje artilheiro do Brasileirão-2023, foi revelada pelo diretor executivo de futebol do Botafogo, André Mazzuco, ao site “GE”. O dirigente contou como foram as conversas com o Olympiacos (GRE) e John Textor, acionista majoritário do Glorioso, no meio do ano passado.
– A negociação foi muito difícil porque o clube não queria liberar e eles exigiram que, para liberar, o Tiquinho ficasse mais três jogos. Sempre tem aquele medo. Dentro das ferramentas que a gente utiliza, há uma de histórico de lesões, o Tiquinho tinha um histórico superlimpo. Ele falava: “Nunca machuquei”. E nós: “Cuidado, cuidado!” – disse Mazzuco.
Contudo, durante um jogo válido pela Liga Europa, contra Slovan Bratislava, veio a lesão muscular. O que não mudou a convicção do Botafogo.
– O que aconteceu? No último jogo, o Tiquinho machuca. Eu falei: “John, o Tiquinho machucou, a gente vai fazer os exames, a princípio uma lesão muscular. O Tiquinho é um plano para agora, mas muito mais para o ano que vem”. Então, o John falou: “Nós vamos dar andamento? Vamos dar andamento!” – explicou Mazzuco.
– E aí o Tiquinho mesmo ficou: “Vocês vão querer agora?” Falei: “Tiquinho, não muda nada no nosso plano. Era uma condição do clube, mas a gente quer você da mesma forma”. A gente anuncia ele e é muito sincero na mensagem: “Tiquinho tem uma lesão, vai ter que se recuperar para depois estrear”. Aquela coisa, não é uma informação que todo mundo gosta, mas a gente bancou, o John deu o suporte e a gente trouxe – completou o dirigente.