Técnico do Botafogo desde o início da temporada, Marcelo Chamusca explicou a política de contratações do clube. Questionado em certas oportunidades pela escalação de jogadores que já haviam trabalhado com ele, o treinador negou qualquer tipo de favorecimento.
– Essa pergunta é muito pertinente até pra gente poder explicar como é o processo de contratação do clube. Foi falado muito em algum momento que eu escalava determinados jogadores porque já tinham trabalhado comigo em determinado clube. Isso nunca aconteceu, nem nunca vai acontecer. O que acontece quando se contrata um jogador com quem você trabalhou é que você tem um conhecimento maior da característica desse jogador, da performance, da produtividade, você tem um entendimento maior do encaixe desse atleta na mecânica do time. As mecânicas são diferentes, nenhum time que eu trabalhei teve a mesma mecânica, todos têm uma mecânica diferente, porque a mecânica é construída levando em consideração muito a característica dos jogadores – explicou Chamusca, ao site “GE”.
– Alguns foram contratados, inclusive, antes da minha chegada. Os que foram contratados depois que eu cheguei passaram pelo mesmo protocolo que o clube utilizou para contratar os que vieram antes. Faz-se uma análise de mercado muito criteriosa, montam um vídeo com as fases do jogo pra gente poder ver a característica dos jogadores, a gente consegue ver as qualidades, deficiências, aspectos físicos, informações de outros profissionais para saber da conduta do jogador extracampo, como é a conduta dentro do clube, se treina com intensidade, se tem bom volume, tudo isso o Botafogo tenta cercar pra contratar e ter um percentual de erro mínimo possível – acrescentou.
O treinador foi além e negou que tenha indicado os reforços. Por outro lado, assegurou que sempre faz parte do processo de aprovação das contratações.
– Nenhum atleta veio porque Marcelo indicou, todos passaram pelo crivo da diretoria e, principalmente, da análise de mercado do clube. A maioria dos nomes chega por indicação dos empresários ao clube, se a gente entender que o atleta tem perfil pra competição e se enquadra na questão financeira, o Botafogo contrata. Claro que eu tenho uma participação, nenhum atleta chega ao Botafogo sem o meu aval, essa autonomia eu não abro mão em clube nenhum – completou.