O Botafogo conseguiu se classificar para a terceira fase da Copa do Brasil com uma goleada por 7 a 1 em cima do Brasiliense, resultado que atenuou o clima pesado vivido pelo elenco nas últimas semanas. Para o comentarista Carlos Eduardo Mansur, no entanto, ainda há um clima de incerteza que tem a ver com o extra-campo.
– Tem um desconforto nesse Botafogo que é uma incerteza sobre o que poderá ter de investimento para o restante da temporada. Criou-se uma interrogação desde que houve as mais recentes manifestações de John Textor sobre questões legais das SAFs, cobranças de dívidas, etc… Com a saída de alguns jogadores, como o Jeffinho, ficou uma incerteza sobre quais são os próximos passos do projeto. Para quem comanda, tentar projetar o que vai ser o Botafogo em termos de competitividade quando a exigência aumentar é um outro ponto de incerteza – opinou Mansur.
Durante o programa “Troca de Passes”, do SporTV, o comentarista destacou a importância da goleada no Espírito Santo para dar mais tranquilidade ao técnico Luís Castro e aos jogadores.
– O próprio clube fabricou para esse jogo um clima de muita tensão, quase condicionando a permanência do treinador a uma vitória. Agora ganha paz para trabalhar, além de recuperar jogadores, pois teve um começo de temporada com ausências importantes – pontuou Mansur, sem deixar de citar as falhas apresentadas em campo:
– As sensações de quem estava assistindo ao Botafogo no primeiro tempo não eram boas. O Brasiliense teve três boas chances no primeiro tempo. Era impressionante como o Botafogo combinava uma linha defensiva que jogava alguns metros adiante com uma marcação muito frouxa no meio-campo. Defendia em duas linhas de quatro, só que os dois volantes eram envolvidos com muita facilidade quando o Brasiliense trocava passes. O Botafogo não fez um bom primeiro tempo, mas no segundo tempo o Brasiliense se abriu e os espaços apareceram.