As vaias de parte da torcida do Botafogo após o empate do time reserva com o Defensa y Justicia em 1 a 1 nesta quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, deixaram o comentarista Alexandre Lozetti atônito. Durante o programa “Seleção SporTV” desta quinta-feira, o jornalista disse não entender a atitude de parcela dos alvinegros.
– Isso me deixou indignado. Com todo respeito aos torcedores, não quero ensinar ninguém a torcer, mas não dá para vaiar o Botafogo, cara! Onze pontos na frente do segundo colocado! Esse Botafogo não é um mega orçamento, não é um time com mega craques, não é um superinvestimento. É um time que teve um alinhamento cósmico, tem explicações técnicas, táticas, de scouting, de rotina, convivência, mas precisa de tudo convergindo, inclusive da torcida – afirmou Lozetti.
– Quem sou eu para me revoltar com torcida? Mas não é possível que alguém possa vaiar o Botafogo em 2023. Agosto de 2023, 11 pontos na frente, esse time precisa ser motivado, estimulado, precisa sentir que as pessoas acreditam no time o tempo inteiro – disse em outra parte.
Lozetti também avaliou o trabalho de Bruno Lage e afirmou acreditar que o português tem usado a Copa Sul-Americana para observar jogadores e fazer testes visando a sequência do Campeonato Brasileiro.
– Tenho a sensação de que a Copa Sul-Americana está sendo usada pelo Bruno Lage para encontrar alternativas que possam ser usadas no Brasileiro. É óbvio que ele vai sofrer mais no segundo turno do que no primeiro. Ele está profundamente em dúvida em relação ao lado direito, ontem foi o Tchê Tchê. Não acho que ele pensa em colocá-lo ali definitivamente, mas com a volta do Gabriel Pires, que fez um excelente jogo, pode ter o Tchê Tchê ali. Com que lateral? Não é o JP. Como vai usar aquele lado? Ele tinha usado o Sauer, depois usou o Victor Sá, está buscando, e a Sul-Americana está ajudando – analisou.