Novo acionista majoritário do Lyon, John Textor assumiu como CEO interino do clube francês após a saída de Jean-Michel Aulas e, nesta terça-feira (9/5), concedeu entrevista coletiva. O empresário norte-americano foi perguntado sobre a situação do técnico Laurent Blanc, que está pressionado e vem recebendo muitas críticas da torcida, mas avisou que ele será mantido.
Ao justificar a decisão de manter o treinador, Textor falou sobre a necessidade de dar mais elementos para Blanc trabalhar e adicionar novos profissionais ao clube. E citou o caso de Luís Castro no Botafogo, quando o português esteve muito pressionado, principalmente depois da eliminação precoce no Campeonato Carioca–2023.
– No Brasil me pediram incontáveis vezes para demitir o treinador. Assumimos o time com cinco semanas para o campeonato começar. Sei que tenho um bom treinador e um bom homem, que é o mais importante de tudo. Vimos as mesmas coisas que o torcedor vê, mas às vezes vemos um pouco mais, vemos performance, se o jogador está com 100% de sua capacidade, ou 80%, ou 50%… No Brasil, no fim da temporada, de repente nos consideraram como inteligentes por não termos demitido o treinador. No fim do ano, o Castro esteve cotado para assumir a Seleção Brasileira, o que foi bom para nós depois de terem nos pedido para mandá-lo embora – contou Textor.
Dono de 90% das ações da SAF do Botafogo, o empresário norte-americano continuou e lembrou da pré-temporada atropelada pelo Campeonato Carioca:
– É engraçado sobre o Brasil, porque tivemos uma pré-temporada em que jogamos um torneio que ninguém gostaria de jogar, porque os jogadores estavam com 55%, 65%, 70% da capacidade. E aí falavam para eu demitir o treinador, que havia coisa errada. Eu nunca demitiria um treinador entre o fim de uma temporada de sucesso e o início de outra. Agora estamos com quatro vitórias e nenhuma derrota, com filas de pedidos de desculpas para o Luís Castro, dizendo que o amam, agradecendo a Deus que ele ainda esteja lá.