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Raphael Rezende explica função de head scout e projeta Botafogo ‘pró-ativo‘ e não ‘reativo ao mercado’

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Por FogãoNET

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Raphael Rezende explica função de head scout e projeta Botafogo ‘pró-ativo‘ e não ‘reativo ao mercado’
Reprodução/Botafogo TV

Ex-comentarista do Grupo Globo, Raphael Rezende foi anunciado pelo Botafogo nesta quarta-feira como novo head scout, responsável pela análise e observação do mercado de jogadores. Ele trabalhará em conjunto com Eduardo Freeland, diretor de futebol, e com o também recém-chegado Brunno Noce, novo analista de mercado.

Em longa entrevista à Botafogo TV, Raphael Rezende explicou como será sua função e o relacionamento com Freeland e Noce.

– Se falarmos de diferenças de função, passa muito por atribuições de proximidade com relação às contratações em si e a tirar o que é essa demanda do dia-a-dia do Freeland, nosso diretor. Não em relação à escolha, decisão final, nada disso, mas mesmo no caso do head scout ter alguém voltado não só para as análises, mas também para esse contato direto com o mercado, fazendo essa demanda ficar diminuída. O Brunno será muito mais voltado à análise de jogos e também a trazer novas possibilidades de observação, novos programas que estejam em evidência, para que possamos estar alinhados às melhores práticas – afirmou Rezende, continuando:

– Imaginando a análise de mercado, o head scout estará muito alinhado ao organograma do departamento de futebol. Demanda de observação de treinos, identificar com a análise de desempenho como tem sido o interno para daí tirar observações do que é mercado. Por mais que tenham origens de observação distintas, a análise de mercado está atrelada, tem que olhar para dentro para ser capaz de olhar para fora. É entender as demandas da direção, com relação ao Freeland, e entender as demandas do clube como um todo. É um momento de transformação do clube.

O novo head scout alvinegro tem grandes ambições e quer ver o Botafogo ser protagonista no mercado, chegando antes dos adversários na prospecção de oportunidades e talentos.

É como se o head scout estivesse muito próximo com relação ao mercado nas demandas que hoje ficam com o Freeland. Existem milhares de indicações, mas queremos transformar o Botafogo num clube pró-ativo, que não reaja ao mercado, mas que seja capaz de identificar oportunidades antes que tenha que competir com outras equipes que possam estar numa situação melhor – disse.

Confira outras declarações de Raphael Rezende à Botafogo TV:

PREPARAÇÃO PARA O CARGO
“Acredito que um profissional esteja preparado para esta profissão aquele que esteja preparado para atender a demanda do departamento de futebol, não só da comissão técnica, o anseio da diretoria, do clube como um todo. E passa muito por identificar no mercado oportunidades de negócio que façam sentido para o clube, esportivamente e financeiramente.”

DECISÃO DE ABANDONAR O JORNALISMO
“Eu me via me distanciando do futebol que eu acredito. Se compararmos imprensa e futebol, as demandas são muito distintas. Me especializei, fiz cursos, na ideia de estar mais atrelado à produção de conhecimento dentro do futebol. Por isso essa chegada ao Botafogo, tive relação com o clube quando fiz o estágio na base por conta do curso, convivendo com profissionais do clube e foi muito esclarecedor para mim.”

ANÁLISE DE DESEMPENHO
“Uma preocupação fundamental na minha chegada de não complicar as demandas do dia-a-dia da análise de desempenho. Fatalmente teriam profissionais transitando entre as duas áreas. A oportunidade de trazer o Brunno Noce, um profissional que trabalha há vários anos no Cruzeiro, que tem esse lado aguçado para analítica, vamos tentar introduzir isso no nosso dia-a-dia.”

MODERNIZAÇÃO COM JOHN TEXTOR
“O Botafogo tem essa peculiaridade da perspectiva, com o movimento de compra pelo John Textor, um olhar muito voltado para o scouting, mercado, valuation, questões que me trazem essa vontade de produzir e adquirir conhecimento. O Botafogo é fundamental, mas também é uma tendência no futebol brasileiro. Não só a questão econômica, mas como será essa busca por reforços que façam sentido. Alinhamento com a comissão, mas identificação de DNA do clube, big data, novas formas de identificar o talento. O grande mérito do Botafogo é estar aberto a essas novas ideias, é um momento de crescimento. Quem não quiser, vai ficar para trás.”

TRABALHO E MAIS TRABALHO
“O que não falta é demanda. Fazer um escopo da função é base, transição, ver quem está e quem não está performando. O head scout olha oportunidades fora para melhorar a equipe, mas também o escoamento daqueles que venham mal e não tenham encontrado oportunidades. Muito trabalho pela frente, mas ancorado em pessoas que eu acredito. É trabalho para a gente voar a médio e longo prazo.”

Veja a entrevista de Raphael Rezende à Botafogo TV:

Fonte: Redação FogãoNET e Botafogo TV

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