Não vou entrar no mérito da questão se o Botafogo deve ou não demitir o técnico Marcelo Chamusca. A diretoria alvinegra está pensando no assunto desde o empate por 3 a 3 com o Cruzeiro. Não quer tomar nenhuma decisão de cabeça quente. Mas a torcida, já de cabeça fria, segue pressionando pela saída. Entretanto, independentemente do que se acha, se for para trocar, que faça agora. O momento é propício.
O Botafogo já disputou dez jogos, sendo seis como visitante. O próximo será fora, contra o Brusque. Passado o duelo contra o time catarinense, restarão 27 jogos ao Botafogo. Desses, serão 16 no Rio de Janeiro, incluindo os clássicos com o Vasco. Ou seja, um novo treinador assumirá com o time já tendo feito mais de 1/3 dos jogos como visitante.
Além disso, após a próxima semana, quando pega o Goiás na terça-feira e o Confiança no sábado, o Botafogo terá duas semanas cheias para poder treinar e assimilar as orientações do novo comandante. Caso a troca seja o desejo da diretoria.
Botafogo ainda tem cartuchos no mercado

Outro fator que favorece a troca é que o Botafogo ainda tem poucos cartuchos para queimar no mercado, como a busca de um zagueiro. Assim, se for para trocar, que faça dando tempo para o novo treinador pelo menos escolher os últimos reforços.
O empate contra o Cruzeiro tirou os cem por cento de aproveitamento do Botafogo em casa. Talvez este seja o último trunfo que segurava Marcelo Chamusca. Mas independentemente disso, se realmente quiser fazer a troca, o momento é esse.