Nos últimos anos o torcedor do Botafogo colocava a camisa na maioria das vezes apenas depois de alguma vitória mais expressiva ou de algum título. A camisa preta e branca tão comum nas ruas nos anos 90, no período de Loco Abreu, de Seedorf ou até mesmo na boa campanha da Copa Libertadores de 2017 havia desaparecido. Não era comum e com razão. O clube estava mal e não dava sinais de reação. Entretanto as camisas do Botafogo agora dão o tom do momento do clube.
Como puderam perceber, não falei do momento do time. Isso porque é preciso confiar no clube para vestir a camisa depois de uma derrota. Em um passeio pelas ruas do Rio de Janeiro na segunda-feira, um dia depois da quebra da invencibilidade e da derrota para o Goiás, era possível ver o preto e o branco nas ruas.
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Hoje mesmo, dia do jogo contra o Furacão, uma pedreira fora de casa pela Copa do Brasil, vi várias. Um reflexo não da confiança no time. Mas sim da confiança de que não vai mais dar para deixar essa camisa no armário, guardada, pois o Botafogo acordou de vez.
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Camisas do Botafogo fogem do armário
O bom time de hoje não é mais fruto de jogadores que usam o clube como vitrine e que, se destacando, não ficarão no ano seguinte. A boa equipe da atualidade é com jogadores de longo contrato, que integram um elenco qualificado e uma folha salarial alta. De um clube que joga em um estádio com um gramado que os rivais temem e respeitam.
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As camisas na rua mostram a esperança de um torcedor que sonha alto na próxima janela de transferências mesmo satisfeito com o que tem em casa. Mostram que hoje é possível enfrentar todo mundo de igual para igual e o resultado vai ser definido nos detalhes, salvo se o Botafogo não meter 3 a 0. Enfim, as camisas do Botafogo dão o tom do novo momento do clube, que já ganhou o seu principal jogo: o da volta por cima.
