A entrevista de Luís Castro ao programa “Boleiragem”, do SporTV, foi muito interessante. Concordo com o treinador quando ele diz que não quer priorizar competições e tentar buscar tudo. Tem consciência da realidade. Sabe que o Botafogo cresceu e que por isso pode sonhar alto. Mas um ponto importante tocado por ele que quero abordar aqui. Falo da maneira como lidar com a Sul-Americana.
Não priorizar competições não significa obrigatoriamente ficar exposto. Por isso realmente é importante pensar na possibilidade de tratar a Sul-Americana com inteligência neste momento. Com todo respeito a Magallanes e César Vallejo, o Botafogo pode sim enfrentá-los com um time reserva. Não há riscos grandes de perder a segunda posição. Aí questiono se vale levar para Quito jogadores importantes.
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A LDU é o melhor time dos três adversários do Botafogo. Mas não vimos grande coisa aqui. Vimos sim uma equipe que não tem medo de bater diante da impunidade constante do futebol sul-americano. Não vejo a necessidade de correr riscos de perder atletas ou desgastá-los com uma viagem na altitude.
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Botafogo pode bater rivais vindos da Libertadores

O Botafogo pode vencer lá com um time misto. Mas se perder não será o fim do mundo. O Botafogo tem capacidade de fazer frente aos rivais que vierem da Libertadores para a tal repescagem. Hoje os times que aparecem na terceira colocação de seus grupos na Libertadores não metem medo. Não digo que vai passar com facilidade. Claro que há risco. Mas futebol é correr riscos, principalmente quando se briga em várias frentes.
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No domingo vimos alguns jogadores dando sinais de desgaste, como Marçal e Eduardo. Peças importantes que precisam ser tratadas com cuidado. Diante do Goiás mesmo era possível ter feito um melhor rodízio. Por isso Luís Castro vai precisar de sabedoria para lidar com a Copa Sul-Americana. E você, torcedor, mandaria o time principal para Quito ou para o Peru?