Achei interessante a informação de que a Associação de Árbitros de Futebol do Brasil (Abrafut) protocolou na noite desta terça-feira (19/9) notícia de infração junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) contra o atacante Diogo Costa e o técnico Bruno Lage, do Botafogo. Interessante, se for confirmado, porque a arbitragem sai da defensiva e parte para o confronto com um clube. Mostra a face. Se coloca como adversária. Acho transparente.
Tivemos nas últimas semanas um festival de reclamações contra a arbitragem no Brasil. Erros bizarros defendidos pela incompetência de que faz a gestão do setor no Brasil. Enquanto fico com vergonha alheia do Ednaldo Rodrigues esperando o Carlo Ancelotti chegar para a Seleção Brasileira, no campeonato organizado pela entidade somos brindados todas as semanas com as interpretações do Seneme.
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E o Abel?
Abel Ferreira reclama da arbitragem há anos. Desde que chegou ao Brasil. É um festival de infrações, expulsões, declarações pesadas. Ao se referir a Wilton Sampaio ao fim de um jogo com o Galo, certa vez disse: “Aí realmente começo a sentir que é perseguição. Sinto-me perseguido pelos árbitros brasileiros, especialmente por este senhor [Wilton]. Não tenho nada contra ele, mas hoje senti intencionalidade na ação dele. Eu não quero que nos ajudem, só não quero que nos prejudiquem”.
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Em outra ocasião, após duelo com o São Paulo na Copa do Brasil, colocou em dúvida decisões de Anderson Daronco: “Na última entrevista coletiva eu disse que queria que esse campeonato fosse decidido por duas equipes dentro das quatro linhas, mas começo a ficar com algumas dúvidas. Sinto mágoa, tristeza dentro de mim porque esse senhor [Daronco] é um dos melhores árbitros brasileiros. Levamos um soco por trás na Copa do Brasil, não foi pela frente”.
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Senti falta de uma posição mais firme da Associação de Árbitros de Futebol do Brasil em outras situações. Mas talvez as declarações do Abel nem incomodem tanto. Parabéns a arbitragem brasileira que agora partiu para um ataque de frente, transparente. Se apitasse com a mesma eficiência que vem agindo após as declarações de Bruno Lage e Diego Costa, com certeza não teríamos arbitragens tão patéticas como vemos neste Brasileirão.
